ONDE É POSSÍVEL CHEGAR COM O ATUAL ELENCO ATLETICANO?

Compartilhe

FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

O cenário atual é parecido com o vivido na temporada 2018. O técnico interino com boa campanha no Brasileiro tem uma pausa no meio da temporada para treinar a equipe, algo tão raro no apertado calendário brasileiro. Se em maio, Thiago Larghi já estava eliminado da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, Rodrigo Santana segue vivo nas duas competições.

Em 2018, Samuel Xavier, Arouca e Erik não emplacaram e deixaram o clube precocemente. Tomás Andrade e Galdezani seguiram até dezembro sem deixar saudades na torcida. Enquanto o elenco pedia contratações, durante a pausa no futebol, Otero foi emprestado para o mundo árabe e o destaque Róger Guedes foi negociado com o futebol chinês. A chegada dos reforços Denilson, Edinho, David Terans, Leandrinho, Nathan e Chará não foi suficiente para continuar sonhando com o título nacional.

Um ano depois, o banco de reservas atleticano pede atenção mais uma vez. Personagens citados anteriormente ressurgem em situações diferentes. Enquanto Rea rescindiu o contrato, o empréstimo de Leandrinho termina e o atleta volta à Itália com apenas nove partidas disputadas pelo Atlético. A escassez de opções no elenco faz Otero retornar com status de salvador da pátria para parte da torcida. Não é e está longe de ser. Ignorar a necessidade de reforços é uma característica comum nos últimos anos, mesmo em casos urgentes como a lateral esquerda. Fábio Santos passou por bons e péssimos momentos sem uma sombra na posição. Após três anos de clube, terá que mostrar em campo que merece a titularidade mais que Lucas Hernández.

Hernández e Ramón Martínez chegam como interrogações para o torcedor que não acompanha os campeonatos sulamericanos, perfil de contratação repetido por Alexandre Gallo, Marques e, atualmente, por Rui Costa. Entre as apresentações da atual temporada, Jair, Vinícius, Maicon e Papagaio seguiram essa linha e ainda permanecem como interrogações. Vale para Tomás Andrade, Galdezani, Nathan, Terans, Martin Rea, Denilson, Leandrinho, Edinho e cia. Ltda. Exageramos nos números e fomos insuficientes em qualidade, pecamos no número de apostas e insistimos com a mesma fórmula.

Classificados para as oitavas-de-final da Sul-Americana e quartas-de-final da Copa do Brasil, temos a chance de levantarmos uma taça de destaque após longo jejum. Para que isso aconteça com orçamento limitado, é preciso apostar certo, enxugar o número de interrogações nas apresentações. Perder qualquer titular no momento seria jogar um balde de água fria na expectativa da arquibancada. Não pode sequer ser cogitado!

Em 2018, a culpa pelo segundo semestre ruim ficou com o inexperiente Thiago Larghi e certamente veremos Rodrigo Santana como principal alvo, caso os resultados não venham. O futebol está sempre repetindo as mesmas lições, o problema é que nós insistimos em repetir os mesmos erros, principalmente os mais fáceis de corrigir.

O elenco é limitado para chegar onde a torcida sonha, mas… Qual é o sonho dos dirigentes?

Compartilhe