ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ

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Fala, massa.

Na semana passada falei da bipolaridade atleticana e de como ela poderia ser usada tanto para o bem, quando para o mal. Se fosse possível canalizar esse tipo de energia, o atleticano certamente salvaria o país da crise e livraria o bolso de cada um de nós de mais um aumento na continha da CEMIG, programado para o próximo dia primeiro. Infelizmente a tecnologia atual ainda não permite isso, então se prepare.

A questão é que após a vitória sobre o fregüesão cabuloso eu vi geral – inclusive este que vos escreve – fazendo continha pra saber qual seria nossa vantagem na tabela antes da parada para a Copa do Mundo, dada a inusitada sequência de seis jogos em casa nas sete rodadas que antecederiam a competição mundial. A grande questão é que esquecemos de combinar tudo isso com nossos adversários e isso acontece, fazer o quê. Pegamos o urubu totalmente desfalcado e perdemos para os mulambos em pleno Horto, algo que não acontecia desde 1953.

Foi o suficiente para o torcedor alvinegro embarcar numa bad vibe sem precedentes, esculachando jogadores, técnico, massagista e se bobear até o coitado do Galo Doido. De uma hora pra outra, Thiago Larghi não prestava mais e a volta de Cuca se transformou nossa única chance de não cairmos para a série B ao término da competição. Pera aí, galera… vocês sabem que eu mesmo sou viúvo desse infeliz desde o pé na bunda que tomamos no final de 2013, mas tenho a clara convicção que não é esse o nosso maior problema, pelo menos no momento. Nem se baixasse o Tite agora na Cidade do Galo a coisa seria diferente, até porque a grande questão é nosso elenco e não quem bota ele pra jogar.

Acontece que em 2018 montamos um time com refugo de outras equipes, ao contrário das temporadas passadas, quando fomos os players mais fortes do mercado de contratações. Nossa diretoria acreditou realmente que os reservas de times medianos seriam nossos titulares absolutos e segurariam a bomba da austeridade com força e habilidade. Putamerda. É por isso que não tem como culpar o Larghi, de jeito nenhum. Seria até covardia, porque o cara tem literalmente tirado leite de pedra e mesmo saindo de campo derrotado, o time tem jogado bem. É a tal da análise Resultado X Performance. A gente vê empenho dos caras até o último minuto, vê o técnico quebrando a cabeça, mas falta qualidade. É nessas horas que sentimos a mão pesada da realidade dando um tapão na nossa cara e nos mostrando que os fracos realmente não tem vez e essa conta é toda da diretoria. 

Mesmo com toda essa limitação, continuamos ali no pelotão de frente e a um pontinho do líder. Um peido e tomamos a ponta novamente. Apesar dos pesares, a chama ainda está acesa e se quisermos continuar sonhando com a conquista do título, é necessária e urgente a qualificação desse elenco. O próprio Larghi já pediu isso, em coletiva. Precisamos de força e o que vemos até o momento, é justamente o caminho contrário: Otero está de saída, Roger Guedes pode ser o próximo. Duas peças fundamentais nesse time de hoje. Quem chegará para o lugar deles? Quem virá para suprir as outras carências do time? 

Com a resposta, Alexandre Gallo.

Oremos.

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