As últimas escolhas de Cuca…

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FOTO : PEDRO SOUZA / ATLÉTICO

As últimas partidas do Atlético foram marcadas por muita dificuldade de criar e de se chegar ao ataque pela imposição técnica. Não podemos negar a falta que todos os já conhecidos desfalques fazem, mas este fato não pode ser uma “desculpa”. O Galo pode e deve jogar mais!

É verdade que Cuca e seu irmão, o auxiliar Cuquinha, nunca utilizaram disso como uma única escusa para o péssimo rendimento de seu time. O que eles não fizeram, não perceberam ou não admitiram, foram alguns de seus erros. Errar, jogar mal, se enganar em uma troca… tudo isto é suscetível de acontecer no futebol, porém, persistir naquilo que não vem dando certo, aí não. Aí não dá!

Um grande exemplo do por quê não pode ser utilizada como “bengala” os desfalques no time: a Chapecoense, adversária alvinegra na última semana, tinha 5 titulares vetados para o jogo e se é difícil para o Atlético, imaginem para a equipe de Chapecó. Os pênaltis não marcados para a equipe alvinegra poderiam até ter mudado o resultado final daquele jogo, contudo, a péssima atuação da equipe atleticana não, esta, mesmo com a vitória, jamais seria alterada, ficando marcada como mais um jogo ruim do alvinegro.

Se contra a Chape foi ruim, diante do Ceará, o time mineiro conseguiu fazer um primeiro tempo ainda pior. É verdade que a equipe voltou diferente para a segunda etapa e que aos trancos e barrancos até poderia ter conseguido a virada. Mas tudo com bastante desorganização. Era um Atlético extremamente espaçado, que só pressionava por conta do grande número de atacantes em campo naquele momento. No final, a derrota!

Contra o Santos, novamente a equipe de Cuca apresentou muitos problemas para prender a bola no ataque, organizar jogadas e criar boas oportunidades. O time, como um todo, jogou tão mal, que é difícil achar destaques individuais, escolher um “melhor em campo”, e não podemos esquecer que futebol é um jogo coletivo.

Voltemos a focar nos desfalques e escolhas do treinador. Nacho Fernandez, o grande nome do meio de campo atleticano está fora. É uma grande perda? SIM! Porém, um time que fala tanto em títulos, no plural, não pode ter a dependência de um jogador só.

O argentino ficou de fora dos últimos 4 jogos da equipe alvinegra. No primeiro deles, vitória diante do Internacional, jogou Nathan (que hoje também é desfalque por conta da COVID) em seu lugar. Entretanto não há nenhum outro jogador que pode fazer a função? Insistir em um meio com Allan, Jair, Tchê Tchê ou Zaracho, onde nenhum deles tem como principal característica a criação, vale a pena?

Mas não sejamos injustos. O treinador até tem colocado um jogador com esse atributo para jogar. Seu nome? Hyoran! Gostem ou não, o meia é, neste momento, o único atleta que já conseguiu, em algum momento, organizar o Atlético. O grande problema é que Hyoran tem sido escalado com frequência pela ponta direita. Muitos irão dizer: “o Hyoran já atuou bem por ali, na vitória diante do São Paulo, por exemplo”. Sim! Porém, naquele jogo, o time tinha um organizador no meio: Nacho Fernandez!

Por qual motivo não se faz o simples? Já que tem se elogiado tanto os garotos da base que vem entrando, por quê não se coloca um que seja da posição pelo lado direito de ataque e escala Hyoran para jogar centralizado? Se não for esta a opção, e você realmente vê no meia ex-Palmeiras características para jogar aberto, vá até o sub-20 e peça um meia. Júlio Cesar, por exemplo, fazia isso muito bem na equipe campeã brasileira da categoria no ano passado.

Para finalizar, uma última indagação: Cuca, Cuquinha, ou quem quer que seja que esteja na beira do gramado comandando o Atlético: se por algum motivo o time estiver jogando com 2 volantes e você queira tirar um, por favor, tira o amarelado!

Obrigado!

 

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