PRIMEIRO A GENTE TIRA O LARGHI, DEPOIS O GALLO – AGORA ASSUME A BRONCA, SETTE

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Alexandre Tadeu Gallo já se despediu do Atlético como jogador, treinador e agora como Diretor de Futebol. Já pode pedir música no Alterosa Esporte, que é muito melhor que o Fantástico.

Sabe aquele papo que rolou na política? Primeira a gente tira o fulano e depois o cicrano… Foi o que Sette Câmara fez nas últimas semanas. Ao apresentar Levir, me chamou a atenção uma frase do presidente – “Eu vinha analisando e imaginando o que seria melhor para o nosso futuro” – disse o comandante. Então olhei para a imagem de Alexandre no canto da mesa durante a apresentação de Levir Culpi e já era vísivel que se tratava de ex-funcionário do clube. O presidente quebrou a promessa de não falar sobre futebol e assumiu a bronca, deixando de lado a frase do início de trabalho. “Futebol é com o Gallo”.

Primeiro a gente tira o Larghi, depois o diretor. E agora?

Antes, vamos embarcar na nossa máquina do tempo queimadora de línguas. O ano é 2017, Sérgio Sette Câmara e Klaus Câmara, então diretor de futebol do Cruzeiro, se encontram no aeroporto e a imprensa especula a contratação do profissional pelo Galo. Sette Câmara surpreender ao dizer que “jamais contrataria para o Atlético um camarada com a inexperiência desse sujeito”. Quase treze meses depois, percebemos que a entrevista de Sette após a eliminação da Sul-Americana não foi a mais infeliz do mandato.

O experiente Alexandre Tadeu deixa o clube em um verdadeiro caos. Montou um elenco fraco, entupiu o Atlético com atletas de contratos longos e nenhum treinador teve tranquilidade no trabalho.  Marques, também inexperiente, assume até o final da temporada. O calango entra em uma fria tão grande quanto a do treinador, que não conhece o time a oito rodadas do final do campeonato. Olê Marquês tem como maior desafio construir, ao lado de Levir Culpi, um vestiário forte para garantir a classificação na Libertadores 2019.

As duas primeiras portas contra incêndio caíram. Agora você é o único bombeiro no prédio, Sette. Não evoluímos em nada no ano de 2018, não conquistamos títulos, o time desorganizado não inspira confiança para 2019, colecionamos micos, os salários estão atrasados, gastamos errado, nem a construção do estádio evoluiu para nos alentar. Não podemos cobrar do Levir, Marques é um tapa-buraco, então só resta você para as próximas faixas expostas na Sede de Lourdes.

Aprendeu algumas lições para a próxima temporada ou ainda continua o discurso de que está tudo certo e que merece aplausos por montar time gastando “pouco”? Mas esse é um assunto para outro dia. Agora é hora de comemorar a vitória na batalha conhecida como Galo contra Gallo!

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