
FOTO: BRUNO SOUSA / FLICKR / ATLÉTICO
A eliminação diante do Palmeiras, na última quarta-feira (12), não foi prejudicial apenas na parte esportiva, mas também, na financeira. De acordo com o balanço atleticano de 2022, liberado em dezembro do ano passado, o clube esperava arrecadar, entre premiações e cotas de TV, R$163 milhões.
Este valor não será alcançado nem se o Atlético conquistar o Campeonato Brasileiro desta temporada, competição que o Galo ocupa atualmente, a sétima colocação, com 13 pontos a menos que o líder Palmeiras.
Como comparação, em 2021, quando o Galo chegou a semifinal da Copa Libertadores, foi campeão do Brasileirão e da Copa do Brasil, o time mineiro levou em premiação e TV, R$183 milhões.
Relembre os valores:
Campeonato Brasileiro: R$33 milhões
Copa do Brasil: R$71,1 milhões
Libertadores: R$40 milhões
TV: R$31,6 milhões (14 jogos na TV Aberta e 16 na TV Fechada)
Na temporada atual, o Atlético recebeu pela campanha na Libertadores, 5,55 milhões de dólares (aproximadamente R$28 milhões – cotação atual). Na Copa do Brasil, os números são ainda piores. Devido a eliminação diante do Flamengo, nas oitavas de final, o clube ficou com cerca de R$4,9 milhões de reais. Quando derrotou o mesmo Flamengo nos pênaltis em Cuiabá, pela Supercopa, o Galo recebeu R$ 5 milhões da CBF. Tudo isso, totalizou um montante de R$37,9 milhões.
Se o campeonato Brasileiro terminasse hoje, o Atlético receberia, pelo 7º lugar, R$23,1 milhões, totalizando ao final da temporada, R$61 milhões. Para alcançar a meta de orçamentária, colocada no início do ano, vão faltar em cotas de TV, R$102 milhões, número impossível de ser alcançado.
É importante ressaltar que o clube ainda poderá alcançar os valores de outras maneiras. A principal delas, com a venda de jogadores. No orçamento para esta temporada era previsto que o clube arrecadasse R$140 milhões em negociações de atletas. Valor este alcançado com a venda de Savarino (Real Salt Lake – EUA) e Guilherme Castilho (Ceará), que se juntaram a Junior Alonso (que retornou por empréstimo), Dylan Borrero (New England Revolution – EUA), Marquinhos (Ferencvárosi – HUN) e Savinho (Grupo City).
Confira os valores* de cada um dos negócios:
Junior Alonso: R$47 milhões
Dylan Borrero: R$19 milhões
Marquinhos: R$10 milhões
Savinho: R$35 milhões
Savarino: R$15 milhões
Guilherme Castilho: R$5 milhões
*Valores convertidos com a cotação da época
Vale ressaltar que o clube ainda recebeu pelos empréstimos de Hyoran, Nathan, Alan Franco e Vitor Mendes.
Na entrevista coletiva dada na manhã desta sexta-feira (12), na Cidade do Galo, Rodrigo Caetano falou sobre a necessidade de vender alguns jogadores nesta temporada:
“Nunca foi negada a necessidade de venda e geração de receitas. E atingimos um bom número esse ano. Mas não é suficiente para o que o Galo encontra de dificuldades. Vamos avaliar, no fim de ano, a necessidade de atletas e a reposição no modelo que fazemos hoje.”
Outro número superior ao de 2021, é o de arrecadação com bilheteria, ao menos na Copa Libertadores. Na edição deste ano, o Atlético faturou pouco mais de R$8,4 milhões. Já na temporada passada, os números chegaram a R$4,3 milhões (o Atlético só pode jogar com a presença de público contra River Plate e Palmeiras (30%)).