QUANDO É QUE A GENTE VAI COMPRAR ESSA GUERRA?

Compartilhe

FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Não que a gente tenha reclamado sem razão no passado, foram temporadas difíceis em 2016, 2017, 2018 e no primeiro semestre de 2019. Passamos por uma verdadeira guerra civil, mais amena que aquela vivida no início de 2012, mas extremamente desgastante para o torcedor, dirigentes e jogadores. Só que chegou a hora de formarmos um só exército e um dos lados ainda não percebeu que unir forças fará toda a diferença na conquista da América.

Termômetro do planeta na atualidade, as redes sociais lamentaram a derrota sofrida pelo Atlético para o La Equidad no primeiro jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana. As ruas do Horto traziam o mesmo lamento de um péssimo resultado, quase um placar elástico a favor dos colombianos, fruto de quem criou expectativa de goleada alvinegra por conta própria. Brigamos na ponta do Brasileiro contra os milionários do país, recuperamos peças que estavam desprestigiadas no clube e estamos a três jogo de um título continental inédito, mas insistimos em agigantar uma crise quando temos a chance de extingui-la do nosso terreiro.

Nem sempre teremos atuações fantásticas, independente do adversário. Lembra das atuações apagadas em 2013, nos dois jogos das quartas de final da Libertadores, contra o Newells, na Argentina e o apagão contra o Olimpia, no Paraguai? Mesmo poupando os titulares no Brasileiro, mesmo com craques em campo nas partidas internacionais, comprovamos que o futebol não é ciência exata onde os maiores contracheques garantem a vitória. Teve que ser com técnica, raça e, principalmente, com a Massa jogando junto durante os noventa minutos, ACREDITANDO. Em campo, vimos Leleu, Rosinei, o desconhecido Jemerson, Berola, Carlos César, Lucas Cândido, Rafael Marques, Serginho, mas o objetivo não era analisar escalação, a meta era cravar nosso escudo naquela taça maravilhosa.

O futebol nos mostrou filme parecido em 2014. No Brasileiro, Edcarlos, Alex Silva, André, Cesinha, Marion, Dodô, Tiago, Pedro Botelho, Paulinho e Eduardo seguraram a onda para que a gente garantisse o roteiro perfeito na Copa do Brasil. Perdemos para o Criciúma, Inter, Coxa e Athl. Paranaense, empatamos com o Bahia, Flu, Botafogo e Figueirense sem a sensação de que a Cidade do Galo seria implodida por uma crise irreversível. A gente sabia exatamente o que queria.

E se não ganharmos a Sul-Americana? Repito, o futebol não é uma ciência exata, mas sairia orgulhoso por saber que não foi por falta de apoio da Massa. Não é acreditar através de hashtags e selfies quando a vitória estiver garantida, precisamos da arquibancada abraçando essa competição como se o próximo jogo fosse o último da nossa história, sonhar com essa taça em Lourdes, materializar o dia de festa parando as ruas da cidade com a nossa festa.

Já notou que as frases do nosso hino são na terceira pessoa? NÓS somos do Clube Atlético Mineiro, JOGAMOS com muita raça e amor, VIBRAMOS com alegria nas vitórias… / Vencer, vencer, vencer; esse é o NOSSO ideal. É que não existe Galo sem os jogadores, os dirigentes, a bandeira, a camisa, sem você e eu. Então vamos juntos nessa, para cima deles, pois EU ACREDITO! NÓS ACREDITAMOS!

Compartilhe