RÉVER? É PRA LOTAR O AEROPORTO!

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Eu estava lá e quase morri pisoteado quando Diego Tardelli desembarcou e enlouqueceu Confins. Aeroporto lotado na festa da torcida pela volta do ídolo. Assistir o vídeo daquele dia me fez pensar sobre a contratação de Réver, então sugeri a um dirigente do Atlético que, caso o zagueiro seja anunciado essa semana, o clube divulgue a data do desembarque em BH para que possamos busca-lo em Confins.

Nunca é demais ter mais um ídolo no elenco, mesmo que o mundo do futebol tenha afastado clube e atleta por uns anos. O cenário de buscar o reforço no aeroporto parece algo simples, mas aproxima torcedor e instituição, algo importante após um ano de guerra entre as partes. O Capitão América não deu certo no Flamengo? Júnior César, Tardelli e um tal Ronaldinho também não. Aliás, nos últimos anos, quantos jogadores “deram certo” vestindo aquela camisa? Pouquíssimos! Dentro das quatro linhas, cito o Flamengo como exemplo ruim de que não adianta ter dinheiro se você não souber como gastá-lo. Desorganização que queima bons valores com o tempo e que me fez ter medo de ficarmos com esse perfil ao ver bons jogadores por aqui sem entregar o que renderam em outros clubes.

Sobre a contratação de um veterano, os 34 anos não atrapalhariam o desempenho da torre gêmea. O campeão brasileiro contou com um zagueiro de 38 anos e a dupla de zaga campeã da Copa do Brasil já passou dos 30, assim como Thiago Heleno, campeão da Sul-Americana; Geromel, do Grêmio, que chegou aos 33, e Henrique, do Corinthians finalista da Copa do Brasil, que soprou trinta e duas velinhas. O futebol brasileiro tem passado por dificuldade de renovação em todos os setores e não é diferente entre os zagueiros.

Com a aposentadoria de Leo Silva batendo à porta, é acertada a decisão de substitui-lo por um zagueiro seis anos mais jovem, mas com experiência para contribuir na transição dos atletas que vierem da base ou nomes com certa bagagem, mas ainda em início de carreira, como Maidana. Ídolo por ídolo!

Arma alvinegra no jogo aéreo, Réver brigaria por marcas históricas no Galo e na carreira. São 31 gols em Brasileiro (13 pelo Galo), um a menos que Leonardo Silva, o zagueiro que mais balançou as redes na história da competição (24 pelo Galo). Para recuperar o posto de zagueiro com mais gols na história do clube, Réver teria que balançar a rede 13 vezes. Leo ultrapassou o amigo em setembro de 2015. O Capitão América voltaria focado em acrescentar o Brasileiro na lista de títulos, que já conta com Libertadores, Copa do Brasil, Recopa, 2 Mineiros e a Florida Cup.

Contratação nesse período não precisa ter 100% de aprovação, aliás, difícil chegar perto disso na era das tuitadas com tendência à crítica. Sempre tem uma parte contra por algum motivo. Velho demais, novo demais… Acho que acertaremos duas vezes com Réver e Guga. Aliás, Guga é assunto para o próximo capítulo.

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