RÉVER X LEO SILVA – NÚMEROS E RECORDES QUE O CAPITÃO AMÉRICA PODE BATER

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Se você não viveu a década de 80, certamente foi obrigado a ouvir dezenas de histórias sobre Luizinho. Segundo os torcedores do passado, atleticanos ou não, Luizinho era capaz de desarmar, sair para o jogo, fazer gols e até reviver os Vingadores. Assim como ouvimos essas histórias durante toda a vida, pobre dos ouvidos dos torcedores do futuro quando falarmos sobre Réver e Leonardo Silva.

Não só por aquela última bola na virada contra o Fluminense, aquele empate salvador contra o Tijuana, aquela cabeçada inesquecível contra o Olimpia, descreveremos cada detalhe do tempo de bola do Leo na marcação, a volta por cima de Réver após a pressão vivida no final de 2011 e guardaremos com orgulho os ingressos de batalhas que esses heróis vestiram o manto alvinegro.

Claro que sempre associaremos um ao outro, afinal, mesmo quando Réver nos enfrentou, citamos “a dupla”, as torres gêmeas de 2012 e 2013, maaasssssss existe um duelo saudável graças às grandes marcas alcançadas pelos dois gigantes no Atlético. Quais são os números do camisa 3 mais próximos de serem batidos e quais dificilmente serão alcançados pelo Capitão América?

Réver foi o primeiro a passar Luizinho em gols marcados e se tornou o zagueiro que mais balançou as redes na história do Atlético. Se despediu da Cidade do Galo com 22 gols anotados, depois, Leo Silva deixou ambos comendo poeira e disparou na artilharia dos defensores chegando a 34 tentos. Caso Leo não marque mais até a data de pendurar as chuteiras, Réver teria que anotar mais 12 gols para empatar como maior zagueiro artilheiro da história. Como assinou por três anos, basta repetir suas melhores temporadas por aqui para alcançar o feito. Foram 7 gols em 2012 e 7 em 2013, o que, caso se repita em 2019 e 2020, já o garantiria como defensor artilheiro do clube.

Na Copa Libertadores da América, principal competição disputada em 2019, ambos marcaram dois gols cada, na Copa do Brasil, apenas um gol cada e Réver tem vantagem no Mineiro com 6 gols, contra 4 de Leonardo. Quando o assunto é Campeonato Brasileiro, a dupla tem uma disputa à parte para definir quem entra para a história como zagueiro que mais balançou as redes na história da competição. Contra o Flamengo, em 2018, Leo chegou a 32 e ultrapassou Réver, que vestia vermelho e preto na ocasião. Pelo Galo, são 25 de Leo, em Brasileiro, contra 13 de Réver, outra marca difícil de ser batida em 3 anos de contrato.

Réver chegou no clube seis meses antes, Leo seguiu por mais três temporadas após a saída do companheiro, por isso alcançou 359 jogos com a camisa alvinegra, enquanto Réver atuou em 177 ocasiões. Como chegou no meio da temporada 2010 e pouco atuou em 2014 por uma série de lesões, usaremos as temporadas de 2011, 2012 e 2013 como referência para a média de partidas disputadas por Réver em um ano. São, em média, 49 jogos por ano, por isso, caso mantenha a média nos três anos de contrato e Leo não entre mais em campo, ainda assim Réver chegaria a 324 jogos, contando com uma renovação posterior para ultrapassar Leo e quem sabe sonhar com a marca de 400 jogos.

Como o Atlético não disputou as edições da Libertadores de 2011 e 2012, Réver tem apenas 15 partidas na competição, pelo Galo. Já Leo, além das edições 2013 e 2014, participou em 2015, 2016 e 2017, alcançando 38 jogos, ficando atrás penas do goleiro Victor no ranking dos que mais entraram em campo pela Libertadores. Caso o Galo faça boas campanhas na competição em 2019, 2020 e 2021, Réver subiria no ranking, mas teria uma briga à parte com Luan e Victor pelo topo da lista.

Os números mostram que os dois colecionadores de taças escreveram páginas inesquecíveis para a memória do atleticano. Por ter sido exorcizado de toda vaidade em 2011, Leo Silva certamente estará torcendo pela quebra dos próprios recordes, afinal, estará trabalhando fora das quatro linhas pelo sucesso do time. Nesse duelo de ídolos, ganha o time e a torcida.

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