RICARDO OLIVEIRA, NEM TÃO RUIM COM ELE, PIOR SEM ELE

Compartilhe

FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Para ganhar tempo no futuro, guardarei meus textos e farei pequenas alterações nas próximas temporadas ao publicá-los novamente. Se eu tivesse guardado a crônica em que eu falei sobre a má fase de Pratto e Judas Fred, hoje não estaria aqui enrolando desse jeito no primeiro parágrafo para prender a sua atenção.

É que Ricardo Oliveira, assim como a dupla citada, não vive boa fase e ouvimos as mesmas frases ditas em 2015, 2016 e 2017. “Ele já não é o mesmo”, “a bola não chega”, “pago a passagem para vê-lo longe do Atlético”, justificativas rasas para situações idênticas no Galo de ontem e o atual. Com o possível interesse do Santos e do São Paulo no atacante das orações, parte da arquibancada apoia a negociação, independente das peças que restarem como opções para o restante da temporada.

Mesmo com a chegada de Rui Costa, basta editar um clipe de vinte minutos com as especulações e apresentações da atual diretoria para que você repense essa sonhada facilidade de encontrar peça de reposição no mercado de transferências. Abrir mão de Ricardo Oliveira nesse momento é fornecer a outros clubes essa peça de qualidade dando sopa no mercado, presidentes farão fila para garantir a contratação.

A má fase de Ricardo é nítida e se destaca ainda mais quando Alerrando apresenta rendimento melhor com a mesma escalação. Nós que pedimos Alerrandro estaremos com as pedras guardadas para a primeira sequência de atuações ruins. Judas Fred e Lucas Pratto viveram momentos semelhantes em 2015 e 2017. Pratto marcou seis gols entre agosto e dezembro de 2015, dois deles de pênalti, além de atuações irreconhecíveis no Brasileiro. Dois anos depois, Judas marcou apenas dois gols entre julho e novembro, foi para o banco e chegou a ver Pablo no time titular. Na pressa em solucionar um problema crônico, convencemos o clube de que realmente qualquer um seria melhor. Erramos!

Contra o Unión La Calera, Ricardo Oliveira chegou a sete partidas sem balançar as redes. A seca de gols engrossou o pedido da torcida por Alerrandro no time titular contra o Santos, pela Copa do Brasil. Alerrandro é o nome ideal para exemplificar nossa ansiedade ao tomar decisões no calor da emoção. Nas primeiras oportunidades da joia da base, críticas e a certeza de que era mais um foguete molhado. Meses depois e o garoto é a esperança da arquibancada em uma importante decisão.

Na semana de manchetes que colocam Cuca e Sampaoli interessados em Ricardo, o pastor alimentou a fogueira da especulação ao alterar a foto de perfil em que vestia a camisa alvinegra e remover as informações que o descreviam como atleta do Galo. Caso seja anunciado pelas igrejas paulistas, meu maior medo é que esse texto sobre má fase de atacante possa usado em breve, quando (um dia) anunciarmos o substituto. “Ele já não é o mesmo”, “a bola não chega”, “pago a passagem para vê-lo longe do Atlético”, só com muita oração para não vivermos mais essa novela no Galo. Para que isso aconteça, é importante que o pastor permaneça.

Compartilhe