Rodrigo Caetano fala sobre como diminuir os erros em contratações, utilização da base entre outros assuntos.

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FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO

Na tarde desta quarta-feira (02), o Diretor de Futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, concedeu entrevista ao programa “Os Donos da Bola”, da TV Bandeirantes. Durante a conversa, Caetano falou sobre alguns temas, mas principalmente, sobre a montagem do elenco, se é necessário vender atletas, utilização da categoria de base, como minimizar os erros em contratação, entre outros.

Rodrigo Caetano começou falando sobre a montagem do elenco e o momento financeiro atleticano:

O que estamos tentando fazer aqui é dar sequencia ao trabalho que o Alexandre (Mattos) vinha fazendo. Ano passado, o Galo investiu muito no mercado para montagem de elenco, que esse ano permitiu que fizéssemos contratações pontuais. Talvez tenha mudado um pouquinho o perfil das contratações. Daqueles que chegaram esse ano, com o Cuca já aqui, foram jogadores quase que todos livres. A exceção foi o caso do Tchê Tchê (empréstimo de custo reduzido) e o Nacho Fernández, que fizemos a aquisição junto ao River Plate. Paralelamente a isso (construção do elenco), sempre se teve não só no Galo, mas em outros clubes do futebol brasileiro, a necessidade de se vender atletas.

Rodrigo também falou sobre a pressão que o Atlético sofre para conquistar títulos, possuir um elenco com grandes jogadores e ter que lançar garotos, revelações da base:

Esse é ciclo que chamamos de virtuoso. Se você tem uma conquista, você consegue ter um pouco mais de fôlego pra lançar jovens, ter a afirmação desses jovens e consequentemente, ter um melhor preço! Nós desejamos, é o que o torcedor quer, que esse jovem dê primeiro um retorno técnico para depois dar um retorno financeiro. Nessa ordem! Se você for ver alguns clubes que iniciaram este processo antes do Galo, você vai ter o Flamengo, que as suas grandes vendas foram com jovens (Lucas Paquetá e Vinícius Jr., por exemplo), que não ficaram muito tempo jogando no clube. Mas a base do elenco deu a sustentação para estes jovens se afirmarem.

O diretor de futebol ainda falou do processo de contratação que o Atlético vem adotando para minimizar os erros:

O CIGA (Centro de Informação do Galo – Departamento de análise) tem um dever, uma obrigação: fomentar a busca por novas soluções. Então, uma das atribuições do CIGA é também buscar novas alternativas, boas opções. O Diego só está aqui pois estava sem contrato. O Hulk porque tinha terminado o contrato. Se não era inviável, era impossível a chegada deles aqui. Isso é constante, tem que ser retroalimentado todos os dias. E nós geramos aqui um processo com relatoria muito específico de todo e qualquer atleta. Seja ele atleta indicado, seja ele atleta prospectado, seja ele até uma indicação do próprio técnico, que solicita um melhor acompanhamento. Esse relatório fica como registro. Então lá na frente o jogador terá sido devidamente acompanhado antes da sua contratação. E vai ter lá também, no final, uma definição, da sugestão pela contratação ou não. Tudo isso já temos aqui hoje documentado, para que isso fique pro Galo, tentando minimizar os erros!

Caetano ainda falou sobre a possibilidade da presença de público na partida contra o Palmeiras, pela Libertadores e como estão as tratativas com a prefeitura de Belo Horizonte:

Primeiro devemos reafirmar o que o nosso presidente vem dizendo: O Galo respeita e segue todo e qualquer orientação dos órgãos de saúde do município e do estado. Certamente ainda temos um tempo pela frente, até o jogo contra o Palmeiras e vamos ver se alguma coisa se modifica em relação a decisão atual. O que posso garantir é que eu, particularmente, e a grande maioria do elenco, teve essa primeira experiência. E eu posso te dar o meu testemunho aqui, que foi uma experiência única, os nossos atletas realmente, antes do jogo, na chegada no Mineirão, no aquecimento, durante a partida e depois, foram momentos que são únicos, que ficam e estão na nossa memória. O torcedor fez com que a equipe buscasse ainda mais intensidade do que vinha apresentando nos jogos sem público. O que todos nós desejamos é que isso se repita, sem dúvida nenhuma, mas como eu falei, respeitando os órgãos de saúde e principalmente o protocolo.

Ao final, Rodrigo Caetano falou sobre propostas por Guga, folha salarial e uma possível oferta pelo zagueiro David Luiz. Sobre Guga, Caetano disse não ter recebido nenhuma proposta. Questionado sobre o valor pago pelo Atlético, todos os meses, para seus jogadores, o diretor disse que não passa nem perto do que foi divulgado em uma matéria nesta semana (R$24 milhões). Finalizando Rodrigo disse que em momento algum o Atlético foi atrás de David Luiz.

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