Rodrigo Caetano fala sobre momento de Coudet e da negociação para a multa rescisória do treinador

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FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO

Na noite da última quinta-feira (18), o Diretor de Futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, foi o convidado do programa “FDP – Filhos da Pauta”, da Rádio 98FM. Homem forte do futebol do clube, Caetano falou da relação com Coudet, do crescimento do time e muito mais.

Confira:

O dirigente começou a entrevista falando sobre a multa do treinador argentino:

A multa nunca teve esse valor (R$26 milhões). A multa de um treinador que vem da Europa, ou é estrangeiro, da importância dele, que estava a bem pouco tempo no Celta de Vigo-ESP, teve uma grande passagem pelo Inter, e vale falar que tivemos nossas divergências no Inter, o que não posso, como profissional, jamais levar para o lado pessoal. Então quando fomos apresentar para ele o projeto do Galo, a questão do prazo também era importante. Você não poderia fazer uma modificação de elenco, que fomos cobrados muitas vezes para que ocorresse no ano passado, e uma modificação de filosofia e modelo de jogo e entender que em 4 meses nós teríamos o resultado. Então nós tínhamos que dar a ele o prazo e ele também nos dar este prazo para o desenvolvimento do trabalho. Então a multa dele é baseada no prazo de contrato. É um período do contrato dele, que se o técnico quiser romper o vínculo ou nós, clube, rompermos o vínculo com ele, nós pagaremos a ele até um determinado mês como se aquele tivesse sido cumprido.

O diretor de futebol ainda confirmou que Coudet foi procurado por outros clubes e que o técnico pediu desculpas a cúpula atleticana pela entrevista coletiva dada após a derrota para o Libertad-PAR:

Informo a vocês que alguns outros clubes o procuraram quando ele estava aqui conosco. Ele nos informou e em momento nenhum cogitou a saída. Ele foi devidamente informado por nós do episódio que realmente, as vezes você pensa uma coisa, não tem, dentre as virtudes que o Coudet tem, não foram as palavras. O que é natural, normal pela questão emocional que ele vinha. Ele reconheceu que colocou mal as palavras e pediu desculpas publicamente e também internamente. Não apenas para o presidente, mas também para os investidores. Dentre todas as conversas, não se cogitou que iria interromper o trabalho. Que não acreditávamos mais no que estava sendo desenvolvido. Nunca houve essa discussão!

Foto: Pedro Souza / Atlético

Rodrigo também deu sua opinião sobre o treinador e falou sobre uma grande vantagem dele:

Nós consideramos ele um ótimo treinador, com uma metodologia específica, onde o time precisava entender também o modelo de jogo dele. Então nem naquele momento estava tudo errado e nem neste momento está tudo certo. Existem coisas a serem evoluídas e ajustadas. Mas hoje (ontem), falando com ele inclusive, onde sempre fazemos reuniões pós-jogo, que ele tem uma característica: ele treina todos os atletas da mesma forma, falo isso por posição. Então, muito se fala em rodízio né, mas o atleta que vai entrar, ele sabe o que o treinador vai exigir dele. Porquê ele treina igual!

E finalizou:

Nunca foi colocado em dúvida a qualidade dele. (…) Ele está muito bem, em um grande momento. Do mesmo jeito que os atletas carecem de um tempo para entender o modelo de jogo do treinador, o próprio treinador (precisa de tempo) para conhecer o clube, conhecer o estado, conhecer a cidade. Quando o contratamos em dezembro já começamos a fazer movimentos para ter um elenco voltado para a característica exigida por ele. Ele sempre repete que ‘os meus times são físicos’, e é verdade. Se tem exigência física, mas demanda tempo.

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