Rodrigo Caetano fala sobre negociação com Coudet, Paulinho e mudanças na base

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FOTO: PEDRO SOUZA / ATLÉTICO

Na noite da última segunda-feira (05), o Diretor de Futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, foi o convidado do programa “Mesa Redonda”, da Rádio Itatiaia. Durante a conversa com os jornalistas Henrique André, Claudio Rezende e Heverton Guimarães, o homem forte do futebol atleticano falou muito sobre o novo comandante do time, Eduardo Coudet, além da mudança feita na base atleticana, que foca agora na formação dos seus atletas desde as primeiras categorias do clube.

Entretanto, Rodrigo Caetano começou falando sobre a mais nova aquisição do time: Paulinho. O meia atacante assinou por empréstimo com o Galo até a metade de 2023. A partir daí, ficará livre do contrato com Bayer Leverkusen – ALE e firmará um acordo com o time mineiro com duração de 4 temporadas.

Caetano explicou como foi a negociação com o jogador, seu estafe, além do clube alemão:

Além da questão ética, tinha a regulamentação da FIFA. A gente só tem essa condição legal de negociar com atleta e com seu agente nos últimos seis meses (contrato). Primeiro era convencê-lo de voltar ao Brasil. Depois a negociação com pessoas sérias, o Paulinho, sua família e seu agente, Carlos Leite. Nós fomos o primeiro clube a procurá-lo e depois foram surgindo outras equipes. Todas as partes conduziram de forma correta, para que ele pudesse estar de forma antecipada aqui conosco. Posso te garantir que outros grandes clubes do futebol brasileiro também o procuraram. Chegando antes, conseguimos derrotar a concorrência.

O dirigente foi também questionado sobre a base alvinegra. Caetano fez questão de falar sobre a nova forma de pensar do clube, que ao invés de procurar jogadores para os últimos anos de base, pensa agora na formação desde o início:

Em relação a base, lamentavelmente passamos pela COVID. Então, muitas exigências, principalmente aqui em BH do Ministério Público, de você não poder divulgar as categorias abaixo de 14 anos, até com isso temos que ter cuidado. Algumas dessas categorias ficaram por quase dois anos sem atividade, então é um “gap” (buraco) muito grande e não foi uma decisão tomada pelo Galo, foi imposta. Então a recuperação desse tempo perdido leva tempo. Onde você vai buscar jogadores de mais qualidade? São nos mais novos. Aqueles meninos que ainda estão fazendo a transição do futsal ou até do gramado sintético para o campo. E é ali que nós estamos investindo, é ali que tem sido nosso foco. Isso não invalida você identificar um talento já mais maturado, mas você precisará ir lá e comprar. Estamos tentando atacar em todas as frentes, mas isso requer investimento e não temos as melhores condições para investir.

Rodrigo Caetano também foi questionado sobre Eduardo Coudet. De acordo com o diretor, o Galo mais uma vez saiu na frente nas negociações, sendo este um dos grandes feitos do clube para concluir o negócio:

Quando nós tivemos a confirmação da saída do Cuca, a gente elegeu os nossos nomes, fizemos a nossa entrevista prévia e quando nós descobrimos que ele seria um nome para outros dois clubes brasileiros importantes, fizemos o contato com o órgão colegiado. E aí, no dia seguinte eu falei: “Olha, estamos com isso acordado, você já entendeu a situação do clube, estamos em um ano que não teremos capacidade de investimento, mas no próximo ano provavelmente sim, vamos tentar melhorar o que já temos”. Falamos com o agente dele e disse: “Amanhã estamos indo aí” (Argentina).

Foto: Divulgação / Flickr Atlético

Sobre uma possível desavença com o Coudet, Rodrigo Caetano afirmou:

É uma lenda. Ele tinha uma expectativa de investimento que por causa da pandemia não foi possível ser feita no Inter. Apenas isso!

O dirigente ainda fez questão de citar uma fala do argentino com ele:

“Se for para o Atlético Mineiro, conhecendo você que eu conheço, temos um elenco para bater de frente com qualquer time. Se puder melhorar ok.”

Caetano finalizou exaltando as qualidades do novo técnico atleticano:

O que eu posso dizer para o nosso torcedor, é que o “Chacho” é um louco para trabalhar. Ele fala comigo três, quatro vezes por dia, prospectando melhores possibilidades. Ele está muito contente com o que ele já viu, com o que ele buscou de informação, esteve no CT, ficou muito impressionado com os profissionais e tudo. O nosso torcedor verá uma equipe muito intensa!

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