Sérgio Coelho fala sobre necessidade de SAF no Atlético e comenta relação com Kalil

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FOTO: BRUNO SOUSA / ATLÉTICO

Na noite da última segunda-feira (12), o presidente do Atlético, Sérgio Coelho, foi o entrevistado do programa Mesa Redonda, do canal do YouTube da Rádio Itatiaia.

Entre os diversos assuntos abordados Sérgio Coelho respondeu sobre a necessidade do Atlético se tornar SAF, sobre a eleição dos novos conselheiros atleticanos e sobre a queixa-crime que Alexandre Kalil fez.

Entretanto, o presidente atleticano começou falando sobre como é a sua relação com Kalil:

Todas as vezes que eu o procurei, ele como prefeito, para tratar de assuntos importantes para o Atlético, ele me recebeu cordialmente, em todas as vezes. Então posso dizer que temos uma relação respeitosa, sempre que a gente se encontra, a gente se cumprimenta. Mas, as vezes, ele tem um pensamento sobre gestão de uma forma e eu tenho de outra. Ele tem um tipo mais agitado, eu sou mais calmo.

Sérgio Coelho ainda falou sobre o aumento da dívida alvinegra na gestão de Alexandre Kalil e reforçou a necessidade do clube em se tornar SAF para ter “sossego” para trabalhar:

É verdade que hoje o Atlético tem uma dívida preocupante. Essa dívida ela foi criada ao longo dos anos e se existe, precisa ser resolvido! O quanto antes, melhor. Eu posso até dizer que na gestão do Alexandre (Kalil), entre 2009 e 2014, quando ele assumiu, o Atlético tinha R$280 milhões de dívida e quando ele saiu, o valor era de R$560 milhões. Desses R$280 milhões que aumentaram, tinha um valor de R$60 milhões que era do Bernard, que recebendo, o valor cairia para R$220 milhões. Mas existem outras dívidas que não foram provisionadas no balanço, que são dívidas do contingente jurídico. Então esse valor fica próximo aos R$300 milhões. Se você pegar uma dívida dessa e corrigir aos juros, razoável de 1,5%, que o Atlético hoje paga mais do que isso, essa dívida passa de R$1,2 bilhões. Então essa é a nossa preocupação. Nós precisamos da SAF para liquidar essa dívida e a gente ter sossego para trabalhar.

Sérgio Coelho continuou respondendo sobre a SAF atleticana:

A nossa SAF, eu posso te afirmar, que é a SAF mais bem estruturada que tem no futebol brasileiro. Nós estamos muito bem assessorados pela Ernest Young, pelo BTG. Nós procuramos um investidos, dentre vários investidores que queriam conversar, que tivesse o futebol como ponto principal, tendo o time como protagonista. Inclusive esse investidos quer que a gente, o Atlético, continue cuidando do futebol. Nós estamos fazendo uma negociação que ainda não tem os valores acertados definitivamente, mas, se for vendido pelo o que a gente imagina, os dois clubes que foram vendidos pelos maiores valores recentemente, nos venderemos por muito mais do que a soma destes dois clubes juntos.

Já sobre a queixa-crime, o mandatário falou:

Eu recebi (a queixa-crime) com tranquilidade, até porquê o próprio Alexandre Kalil falou que faria isso. Infelizmente nos colocaram lá como se a gente tivesse cometido alguns crimes.

Foto: João Viegas / Atlético

E completou, dizendo da semelhança desta eleição para o Conselho Deliberativo e as últimas 4…

Esse estatuto do Atlético, atual, ele foi feito e aprovado pelo conselho em 2008 e entrou em vigor, me parece, em 13 ou 14 de outubro de 2009. Quando foi em 2010, houve a primeira eleição para o conselho, é essa hoje da polêmica. O então presidente Alexandre Kalil, na gestão dele, criou-se a prática de ter a cota com mais de 2 anos. Para ficar mais claro, tiveram diversos conselheiros eleitos em 2010 e 2013, quando ele (Kalil) era presidente. Depois, dessa mesma forma, em 2016 quando o Daniel Nepomuceno era o presidente e em 2019 quando era o Sérgio Sette Câmara. Todas as eleições foram feitas desta mesma forma, não mudou absolutamente nada. Essa é a forma que a gente entende ser a correta, não fizemos nada de errado.

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