Sette Câmara critica PBH e Alexandre Kalil: “Chega”

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

O presidente Sérgio Sette Câmara hoje pela manhã criticou a Prefeitura de Belo Horizonte, e consequentemente o prefeito Alexandre Kalil, por uma cobrança de revisão do IPTU da Sede de Lourdes do Atlético, principalmente pelo fato desta cobrança estar sendo feita nesta época de pandemia e de muita dificuldades financeiras.

Na matéria do jornalista Henrique André do portal Hoje Em Dia, o vice presidente do clube, doutor Lásaro Cândido,  disse que o clube não recebeu nenhuma justificativa para esta cobrança, que na sua visão a “placa” com o escudo do clube na fachada da Sede não caracteriza uma mudança estrutural.

“Recebemos a cobrança de revisão do IPTU. Não tivemos qualquer justificativa. Para você ter acesso ao processo administrativo, é praticamente o prazo que tem de defesa. Isso é ilegal. O contribuinte teria que ter acesso imediato. Sem este acesso, acho estranho ser feita uma avaliação do valor venal e fazer a aplicação de uma cobrança retroativa. A sede é quase um local simbólico e presta um serviço social, como a visitação, por exemplo. Há uma incoerência de se atribuir uma noção de atividade apenas empresarial, que na verdade não é” disse o Dr. Lásaro Cândido.

O ex-deputado federal e conselheiro do clube, Iran barbosa, rebateu o presidente Sérgio Sette Câmara, afirmando que o presidente do Atlético sabia desta cobrança e já havia assinado um documento concordando com o valor a ser pago.

O presidente Sérgio Sette Câmara em entrevista ao jornalista Henrique André, falou mais sobre este assunto e chegou a questionar se o rival também será cobrado:

“Serão reavaliados todos os imóveis da capital? Será que os imóveis do Cruzeiro serão? E os do prefeito, que são muitos? Não é o valor. É o ato, é o gesto. Principalmente pelo momento que estamos passando. Acredito que não tenha sido um ato direcionado ao clube, mas eu defendo os interesses do Atlético. Se isso for geral, é o fim do mundo. Fazer reavaliação num ano tão difícil como este e em meio a uma pandemia, com a cidade sofrendo a maior quarentena do planeta, com o comércio destruído e pessoas desempregadas… Quero saber se só está sendo feito na sede. Eles (PBH) têm que responder isso”, disse o presidente do Atlético.

Leia abaixo a resposta da PBH na íntegra sobre o questionamento do presidente do Atlético.

Em novembro de 2019, os proprietários de 23 mil imóveis foram notificados a se pronunciar quanto a divergência de área construída dos seus imóveis, apurada pela Administração Tributária do Município, confirmando ou contestando a apuração fiscal.
Os contribuintes foram notificados no âmbito da segunda edição do Programa de Autorregularização das Informações do Cadastro Imobiliário Municipal (PACI).
 
Sete mil proprietários de imóveis, dentre eles o Clube Atlético Mineiro, informaram a área construída do imóvel e concordaram com os acréscimos de área informados.
 
A área construída da sede do Atlético foi alterada de 2.284,09m² para 2.907,39m², conforme informação prestada pelo próprio clube.
 
Por conta desta alteração, houve um incremento de R$ 8.071,21 no IPTU devido por exercício, considerando os lançamentos efetuados com base na área incorreta. Considerando os cinco exercícios revisados (2015 a 2019), promoveu-se o lançamento complementar do imposto no total de R$ 40.356,05.
 
A respeito da construção do estádio do Atlético, toda grande obra gera contrapartidas durante o processo de obtenção das licenças de órgãos ambientais e de trânsito, nas esferas municipal, estadual e federal.
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