SOSSEGA, LUAN

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

A chave virou! Provavelmente você já usou esse termo no futebol nos dias em que tudo passou a dar errado para ou seu time ou na fase em que a bola voltou a entrar na casinha. A areia movediça invisível que existe no futebol é algo inexplicável, um dia você está na ponta da tabela e no outro coleciona tropeços, o clube aparece em matérias investigativas, jogadores do DM são clicados na noite…

Após a eliminação na fase de grupos da Libertadores, derrota na final do campeonato estadual e demissão do treinador, era difícil imaginar que a Massa teria a sensação de chave virando em tão pouco tempo. Atletas, como Chará e Patric, questionados pela torcida passaram a render mais, comemoramos vitórias fora de casa no Brasileiro que contribuíram para a vice-liderança e vimos a classificação na Sul-Americana com São Victor do Horto ressurgindo das cinzas. Até a coleção de material esportivo, tão criticada em outras temporadas, tem alcançado a difícil missão de conseguir elogios dos internautas.

Como a base do futebol é a rivalidade, some a boa fase alvinegra às manchetes policiais rotineiras na Toca da Raposa. Diretoria se segurando para não cair e o conselho mais perdido que Adão no dia das mães dão a instabilidade ideal para a queda de rendimento do elenco, que não sabe nem quem pagará o salário do próximo mês. A CHAVE VIROU, BROTHER!

Veio o CSA no caminho do Atlético e a rede do Horto balançou a noite toda para confirmar os dias bons e trazer confiança para a Cidade do Galo. Até o Cazares parou para dar entrevista bem-humorada sobre o golaço e a cobrança de faltas do parceiro Luan. INACREDITÁVEL! A entrevista não foi bem recebida por Luan, que considerou a brincadeira de péssimo gosto e revidou falando sobre atrasos de Cazares nos treinos.

Há algum tempo que as imagens de treinos e comemorações de gols mostram que Cazares e Luan aparentam formar uma das duplas mais próximas na Cidade do Galo. Mesmo tímido, Cazares falou em tom de brincadeira com a certeza de que Luan entenderia. Ao expressar o descontentamento nos microfones da mídia, Luan mostra que, desde que chegou no Atlético, evoluiu dentro das quatro linhas, mas ainda é imaturo em entrevistas.

Não foi a primeira vez que respostas do camisa 27 em entrevistas geram mal-estar na Cidade do Galo. Ao tomar conhecimento da entrevista de Cazares, Luan deveria seguir a regra número um do elenco – PROBLEMA DE VESTIÁRIO, SE RESOLVE NO VESTIÁRIO. Além de jogar um balde de água fria na boa semana entre torcida/clube, colocou o “amigo” Cazares, de relação tão instável com o atleticano, em maus lençóis. Assim como torcemos pela mudança de comportamento de Cazares no início conturbado, em 2016, ficamos na torcida para que Luan aprenda a controlar o temperamento explosivo em momentos de stress. Aparentou insatisfação ao ser substituído por Rodrigo Santana e talvez tenha levado a mágoa até o apito final, descarregando na primeira chance de “treta”.

Poucos clubes no país necessitam tanto de calmaria dentro e fora das quatro linhas. São anos de stress contínuo após eliminações, demissões e contratações frustradas. Missão para Marques e Rui Costa garantirem a continuidade da paz no CT. Como a semana é de vitória e classificação, o torcedor pode aproveitar a tranquilidade e tirar uma lição positiva do ocorrido. Toda entrevista dada por Luan cabe interpretação e pode ser ignorada, caso não agregue nada ao momento do time. Cara feia ao ouvir o nome do futuro treinador ou cobrança sobre mal momento do elenco são exemplos de que ele pode estar apenas na lua virada.

Segue o jogo com a certeza de que, em Minas, a crise veste azul.

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