
FOTO: BRUNO CANTINI / FLICKR / ATLÉTICO
O Atlético segue buscando uma solução para lidar com a atual crise financeira que assola o clube. Com um montante de dívida superior aos R$1,4 bilhão, o clube sofreu um baque recentemente após as negociações da venda do shopping Diamond Mall não se concretizarem e, parte do valor que seria utilizados para pagar dívidas, diminuindo a taxa de juros que incidem anualmente sobre o clube, não entrarem na conta.
Com uma das folhas salariais mais caras do país, o clube está em débito com os atletas por não ter realizado o pagamento da segunda parcela do 13º salário, além de direito de imagens e férias, todos com vencimentos ainda para o mês de dezembro de 2022.
A pendência no pagamento foi confirmada pelo diretor de futebol do clube, Rodrigo Caetano, em entrevista à Rede 98. Participando de um programa esportivo da rádio, Caetano deixou claro que o problema principal está no fluxo de caixa do clube, pois a ausência de competições também deixa o clube em ausência de receitas.
“Ainda não está tudo em dia. Tivemos e temos problemas por conta que no final de ano as receitas caem. A arrecadação que já é um problema para nós, ela aumenta nesse período”
Rodrigo Caetano, em entrevista à Rede 98
Avançando na informação, nossa reportagem apurou junto a alguns representantes do mercado financeiro e bancário que o Atlético vem buscando, de forma recorrente, crédito bancário, em forma de empréstimos, para realizar o pagamento destas pendências, mas recentemente o clube teve algumas operações negadas pelas instituições.
Recentemente, o clube chegou a pegar um empréstimo com o Banco Inter, que tem ligações com Rubens Menin, um dos mecenas e integrante do grupo dos “4R’s”, com a garantia de pagamento atrelado ao dinheiro da venda do shopping. Mas, como já ressaltado, a desistência da Multiplan em adquirir os 49,9% restantes pode gerar um problema ainda maior em relação ao crescimento da dívida e do fluxo de caixa do clube.
Vale dizer que, hoje, o Atlético possui um montante próximo dos R$600 milhões em dívidas com BACEN (Banco Central do Brasil) composto quase em sua totalidade de dívidas decorrentes de empréstimos realizados para pagamentos imediatos.
O clube vive momento delicado e se movimenta internamente para realizar a transformação de seu futebol em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), como uma das formas de conseguir um investidor para realizar aportes financeiros e poder renegociar suas dívidas dentro das especificidades da lei. Segundo apuração de nossa reportagem, Peter Grieves, investidor norte-americano e dono do grupo “The Football Co”, seria o nome mais interessado em assumir o Galo.