Mais prazo: instabilidade no mercado norte-americano cria impasse para investidor da SAF do Atlético

Compartilhe

FOTO: DIVULGAÇÃO

Com urgências financeiras e correndo contra o tempo para levar a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) para votação no conselho deliberativo, a diretoria do Atlético agora lida com um novo impasse com o atual nome interessado em investir no futebol do clube.

Segundo apurações de nossa reportagem, Peter Grieve, dono do grupo The Football Co., tem tido dificuldades em captar recursos no mercado norte-americano depois dos recentes problemas enfrentados por bancos que vieram a quebrar e a repercussão que isso tem tomado nas demais entidades financeiras dos Estados Unidos.

O problema em não conseguir levantar o montante esperado para realizar a aquisição da SAF dentro do que vinha sendo negociado entre Grieve e a diretoria atleticana acabou criando um impasse, com o investidor pedindo que o prazo para as definições, inicialmente marcado para o mês de abril, se estendessem até julho. Ainda dentro do apurado por nossa reportagem, o pedido de prorrogação do prazo não agradou à diretoria do Galo.

Conforme noticiado anteriormente no portal Deus Me Dibre, Peter Grieve tem a intenção de se tornar sócio majoritário da SAF do Atlético e planeja fazer um modelo de gestão para investir não apenas no Atlético, mas em outros clubes de futebol ao redor do mundo. A ideia é criar uma espécie de grupo de clubes onde a captação de recursos se dá através do mercado financeiro, provavelmente em um processo de oferta de ações.

Vale ressaltar que o movimento de incerteza causado pela quebra de alguns bancos nos Estados Unidos também afetou outros mercados, como o de bancos na Europa e em outras partes do mundo.

O que aconteceu:

Nos últimos dias, dois grandes bancos dos Estados Unidos quebraram: primeiro o Silicon Valley Bank (SVB), 16ª maior instituição financeira do país e conhecido por ser o “banco das startups” e logo depois foi a vez do Signature Bank, que aparecia em 73º na revista Forbes como um dos melhores bancos do mundo.

O motivo se deu, entre outras coisas, por conta da falta de liquidez que essas instituições apresentaram. Com boa parte dos investimentos feitos em títulos no Tesouro americano, diante da alta da taxa de juros neste último ano, os valores dos títulos despencaram e as instituições não conseguiram cobrir os saques de seus clientes.

Apesar do perfil específico das instituições que quebraram, toda essa movimentação, que ainda está acontecendo, gera apreensão e um alerta no mercado financeiro não só dos Estados Unidos, mas também mundial.

Compartilhe