Negociações entre SAF do Atlético e The Football Co. seguem, mas sem previsão

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FOTO: BRUNO CANTINI / FLICKR / ATLÉTICO

O Atlético segue avançando nos bastidores para finalizar a constituição da sua SAF (Sociedade Anônima do Futebol) e segue em negociações com o grupo The Football Co., comandado pelo norte americano Peter Grieve. 

Entretanto, a situação de início que indicavam urgência e uma resolução rápida, pode demorar mais um tempo. Isso porque, segundo apurações da nossa reportagem, ainda não há qualquer previsão para que as coisas entre as partes se acertem.

A dificuldade em finalizar a operação é um dos grandes problemas enfrentados pela diretoria atleticana, que se vê imersa em uma dívida sufocante e ainda busca vender o restante das ações do shopping DiamondMall (24,9%) para arcar com os juros e os vencimentos de curto prazo. O clube vem recorrendo a empréstimos bancários para arcar com os custos do futebol e, mesmo assim, se encontra em atraso em alguns vencimentos com os atletas.

Outro ponto importante na discussão da venda da SAF é a possibilidade do negócio contar com dois patrimônios do Atlético: o centro de treinamento (Cidade do Galo) e o estádio (Arena MRV), o que mudaria os parâmetros da negociação e os valores de investimento.

Modelo de gestão

Conforme adiantado pelo Deus me Dibre, o modelo de gestão pretendido por Peter Grieve e seu grupo é criar uma plataforma de clubes, mas indo na contramão dos atuais modelos que tem como acionistas um único fundo majoritário, o empresário pretende captar recursos do mercado, provavelmente em um processo de oferta de ações, mais conhecido como IPO (initial public offering) ou algum mecanismo similar.

Peter Grieve já tem em seu currículo uma experiência com o futebol. Em 2009 se tornou proprietário do  Bantu Rovers, clube do Zimbábue que foi criado um ano antes (2008). Desde então, o time esteve durante quatro temporadas na primeira divisão da liga nacional. Em 2009, quando conseguiu sua melhor colocação, terminou o campeonato em 9º. Em 2010 e 2014, foi vice lanterna (15º) e em 2017 acabou ficando em último (16º) e sendo rebaixado à segunda divisão do país.

Sua segunda experiência no mundo da bola foi entre os anos de 2017 e 2019. Comandando um clube na Europa, mais precisamente em Gibraltar, o Europa Point. Nos três anos em que esteve à frente do time, o Europa Point esteve na primeira divisão da liga nacional apenas em 2019, quando terminou o campeonato em 10º (12 clubes disputaram a liga naquele ano).

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