TESTA SEM DÓ, DUDAMEL

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Já começou o Campeonato Mineiro dos clichês para facilitar a vida de pessoas como eu, cornetas da arquibancada que só querem reclamar. Com a chegada de um novo treinador, o leque de reclamações se abre com inúmeras possibilidades, como a comparação com decisões do profissional anterior, análise se foi o nome correto, mesmo que tenhamos apenas 270 minutos de bola rolando, entre outros comportamentos que sempre existiram, mas que foram potencializados na era virtual.

Provavelmente Dudamel tenha quebrado recordes históricos de reclamações na divulgação da primeira escalação da temporada. Como sempre, Patric na direita puxou o “zumzumzum”, mas o que fez a arquibancada do internauta chiar para valer foi o trio de “volantes” no meio. Maicon Bolt entrou na segunda etapa e alguns atleticanos cogitaram uma vaquinha para a compra de passagens para a Venezuela com o nome de toda a comissão técnica.

Contra o Tupynambás, Edinho ganhou a titularidade e Ricardo Oliveira esteve em campo. Veio o Coimbra e até Adriano, da equipe de transição, ganhou oportunidade. Na resenha pós-jogo que acontece nos bares ao redor do estádio, torcedores insatisfeitos com as primeiras decisões do técnico alvinegro. Irmãos alvinegros, tenham amor pela própria saúde, deixem todo o stress para o Brasileiro, Copa do Brasil, Sul-Americana, não façam isso com a saúde de vocês. Não há serotonina que aguente ira por escalação contra Coimbra e Uberlândia.

Sabe o que vai acontecer se não houver Bolt’s por agora? Dudamel terá dúvidas sobre a possibilidade de utilização do atleta no elenco, então o ideal é que Bolt passe o campeonato em campo para que não haja dúvidas de que esse é um grande erro de avaliação em contratações. Edinho é jogador para o Fortaleza? Não sei! Que tal sabermos na prática, sem teorias. Sem a escalação do atacante contra o Tupynambás, teremos a utilização contra um Corinthians ou Flamengo e os botecos ao redor do estádio dirão que a hora de testes era o Campeonato Mineiro.

Em entrevista coletiva, Dudamel destacou que Jair e Allan sabem armar, levantando a discussão se jogamos realmente com três volantes. Como é o funcionamento da equipe com a bola e sem ela? A análise de desempenho do clube entrega ao venezuelano movimentação das peças no gramado, passes, comportamento na marcação e ainda assim nós temos nossas convicções com uma passada de olho de três segundos quando o clube divulga os onze titulares.

Não era novas ideias que pedíamos? Nos momentos de crise, dizemos sempre no campeonato dos clichês que o técnico não varia esquemas, não tem novas ideias e quando surge um profissional disposto a fazer, nós queremos mais do mesmo, a velha fórmula que não deu certo. Tenha dificuldades para passar pelo ônibus estacionado na defesa do Coimbra, perceba a pouca criatividade do ataque alvinegro, escale cinco volantes e quem sabe nenhum zagueiro contra o Tombense. A hora é agora, Duda. Nos resta torcer para que seu chefe entenda e apoie. Testa sem dó, professor.

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