Torcedor espalha camisas do Galo para “atleticanizar” cidade do interior

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FOTO: REPRODUÇÃO TWITTER

Feliz é o torcedor que pode abrir o guarda-roupas e escolher qual camisa do Galo usará durante o dia. Por ser colecionador, Wagner Lima, morador de São João da Ponte, possui mais de cem peças, apesar dos protestos da esposa. Para não comprometer o orçamento da casa, Wagner adquire várias camisas, revende algumas e reverte o dinheiro na compra dos modelos que ainda não tem. Porém, há algum tempo, nem todas as peças são negociadas.

Wagner criou o hábito de buscar histórias de pessoas que não possuem o manto alvinegro para presenteá-las, deixando, segundo ele, a cidade mais atleticana. A conhecida de um amigo que fala sempre sobre o Atlético, mas não tem a camisa, o pedreiro de uma obra no caminho do trabalho que queria vestir preto e branco. Quando o carro para e o presente é entregue, a surpresa e felicidade dos agraciados é nítida.

Algumas camisas doadas tiveram destino indefinido. É que a causa teve efeito multiplicador na vida de quem as recebeu. Wagner “esbarrou” em uma publicação na internet que oferecia um lote com várias peças. A vendedora informou que a venda era necessária para o tratamento de uma doença da mãe. O atleticano convocou outros colecionadores a doarem mais camisas e, através de um leilão, foram arrecadados quase R$ 5 mil reais. A filha fez questão que Wagner aceitasse duas camisas autografadas por Ronaldinho e Victor. Ambas estão emolduradas na parede da casa do colecionador.

A cruzeirense Nágila também recebeu uma camisa autografada pelo time do Galo e arrecadou mais de R$ 4 mil para o tratamento contra um câncer. Curada, ela e a irmã passaram a torcer pelo Galo usando outra peça doada pelo amigo alvinegro. Em outras ações, dezenas de cestas básicas doadas, brinquedos para crianças carentes em dois bairros da cidade, a intenção é ajudar a quem precisa com uma pitada de atleticanismo.

Wagner torce para que o Galo também olhe para os atleticanos mais carentes, não só nos valores dos produtos do clube, mas em ações que tragam o torcedor para perto do Atlético. Sempre que o guarda-roupa de Wagner se abre, um sorriso está prestes a se abrir pela cidade.

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