VELHO ROTEIRO NA ESTREIA DA LIBERTADORES

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Por falhas no sistema de marcação, o Atlético deixou escapar uma importante vitória. Salvarei esse início de texto no rascunho, pois é provável que eu utilize novamente em outras ocasiões, assim como usei diversas vezes nos últimos anos.

Na quarta partida disputada pelo time principal em 2019, o ritmo nos primeiros minutos dava a impressão de pré-temporada. Em entrevista após o empate, Réver destacou que a ideia inicial era conter a empolgação dos uruguaios por jogar em casa. Mesmo que a atitude do grupo tenha sido tímida, não lembrando em nada a empolgação da torcida pelo retorno à Libertadores, a pedra no sapato continua sendo a desorganização defensiva. Fomos pouco testados defensivamente contra as frágeis equipes do estadual e nas duas vezes que encontramos adversários mais qualificados, no clássico e no Uruguai, se é que podemos colocar o Danubio nesse degrau de cima, mostramos que ainda não corrigimos as falhas que nos deixaram longe das taças nos últimos anos. Cristóforo fez boas defesas de um lado, mas Victor também fez milagre debaixo das traves e viu outras finalizações passarem com perigo ao lado da meta alvinegra.

Cazares mostrou que continua inspirado ao deixar os companheiros por diversas vezes com chances de finalizar. Em uma delas, Ricardo Oliveira ajeitou o corpo ainda na corrida e guardou. Ainda sobre Cazares, vale a alternância na maneira como cobra os escanteios para surpreender o adversário vez ou outra.

Após o sinal do árbitro de que teríamos apenas um minuto de acréscimo, Luan ainda finalizou com perigo após os quarenta e cinco minutos. Antes que ponteiros marcassem 46, o Danubio fez um carnaval da lateral esquerda até a pequena área do Galo. Apesar de um 2018 ruim, Fábio Santos continua sem substituto no grupo e podemos sequer cogitar qualquer teste com outras peças na posição. Em uma sequência de cruzamentos, Fábio acertou todas no joelho do adversário, mostrando que a dificuldade nos cruzamentos permanece em 2019.

Nas substituições, José Welison entrou para, segundo Levir, deixar a marcação mais forte no meio. Adilson continua rendendo abaixo do que pode entregar, mas certamente Levir já cogita a escalação da dupla como titular em outras ocasiões. Foram apenas duas substituições, mesmo com nomes no banco que poderiam melhorar a postura de um time entregue e pressionado em campo. O revezamento de lados entre Luan e Chará continua confuso e, com a tendência de Cazares de cair pela esquerda, Vinicius poderia ter ocupado o meio nos minutos finais.

Levir prometeu um time mais organizado no decorrer da temporada, Victor confessou que, apesar do bom resultado, o placar foi decepcionante pelos erros infantis. Se já detectamos os erros, que o professor não demore a repará-los. Passaremos pelo Danubio na próxima terça-feira, mas nossa meta não é a 3ª fase da Libertadores. Nós queremos a taça!

*Se você sentiu falta de qualquer citação sobre Patric nos parágrafos acima, peço desculpas, mas não vou gastar meu tempo falando sobre o lateral INCONTESTÁVEL.

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