FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO
Eliminado da Copa Sul-Americana e colecionando atuações ruins no estadual, o Atlético viajou até o Recife encarar o Afogados pela segunda fase da Copa do Brasil. Na primeira fase, o empate sem gols contra o Campinense garantiu a classificação. Dudamel apostou na continuidade com três zagueiros e escalou Iago Maidana na vaga de Réver. No meio, Allan foi a novidade e Nathan foi para o banco de reservas. Criticado pela torcida, Di Santo continuou como homem de área no ataque.
Assim como no duelo contra o Unión o Atlético investia nos ataques pelo lado direito do campo sem o mesmo sucesso da partida contra os argentinos. Mais centralizado, Hyoran não conseguia dar velocidade ao ataque e Otero não repetiu a boa atuação de quinta-feira. Di Santo justificou a pressão por mudança no ataque e errou em todos os lances em que foi acionado.
No intervalo, Guilherme Arana destacou a dificuldade da equipe em inverter jogadas e acioná-lo nos momentos em que estava isolado do lado esquerdo. Na segunda etapa, o Afogados abriu o placar aos dezesseis minutos com um bom chute de Candinho. Foi preciso estar atrás no placar para que Dudamel fizesse a primeira alteração. Savarino entrou no lugar de Iago Maidana com a missão de levar a bola com mais velocidade para o ataque alvinegro.
Se o centroavante não aproveitava as poucas bolas que chegavam, Gabriel apareceu na área e balançou as redes empatando o duelo. A esperança dos atleticanos aumentou quando Márcio, do Afogados, foi expulso após levar o segundo amarelo. Mesmo com um a menos em campo, o Afogados voltou a ficar na frente do placar após grande jogada de Philip, que driblou Arana, passou por Gabriel e finalizou com força no canto.
Precisando do empate para levar a partida para os pênaltis Dudamel colocou Ricardo Oliveira na vaga de Jair. Sem marcar há seis meses, o pastor precisou de dois minutos em campo para igualar o marcador. Com a retranca do adversário, Nathan substituiu Di Santo na tentativa de melhorar a qualidade do passe fora da área. Sem sucesso para furar a defesa, Dudamel viu a situação ficar ainda pior quando Hyoran, o principal batedor de pênaltis, foi expulso minutos antes do apito final.
O Atlético chegou a abrir dois a zero nas penalidades. Otero e Ricardo Oliveira marcaram para o Galo, Diego Ceará e Douglas Bomba desperdiçaram para a equipe de Recife. Na seqüência, Allan e Nathan perderam, Thalison e Willian Gaúcho converteram. Philip, Rodrigo, Eduardo Erê e Diego Teles marcaram pelo lado do Afogados. Savarino, Guga, Guilherme Arana e Igor Rabelo descontaram para o Galo. Gabriel desperdiçou e Heverton converteu, fechando o placar em 7 a 6 e confirmando um dos maiores vexames da história do Atlético.
A administração de Sérgio Sette Câmara coleciona mais um fracasso no início de terceiro ano da gestão. A eliminação causa forte impacto nos cofres do clube pela previsão alta de premiação para a temporada. Eliminado da Copa do Brasil e da Sul-Americana, o Galo volta as atenções para o estadual e enfrenta o Boa, em Varginha, domingo, às 19h. Apesar de balançar no cargo, Dudamel segue pelo menos até o retorno para Belo Horizonte.