O empate em 0 a 0 entre Internacional e Atlético, neste domingo (02), no Beira-Rio, ficou marcado por uma arbitragem confusa do carioca Alex Gomes Stefano. O jogo teve três revisões de lances cruciais pelo VAR, decisões revertidas e reclamações. Após o apito final, o diretor de futebol do Atlético, Victor Bagy, criticou o desempenho da equipe de arbitragem e cobrou profissionalização e critérios mais claros por parte da CBF.
Logo aos 15 minutos do primeiro tempo, o zagueiro Vitor Hugo foi expulso após análise do vídeo, em lance que o árbitro não havia sequer marcado falta em campo. A decisão gerou revolta no banco atleticano e condicionou o restante da partida.
Pouco depois, o árbitro marcou pênalti para o Atlético, em jogada envolvendo Rony e Bernabei. O atacante foi derrubado dentro da área, mas, novamente chamado pelo VAR, Alex Gomes Stefano voltou atrás e anulou a marcação.
No segundo tempo, foi a vez do Inter reclamar. O juiz expulsou Alan Patrick por falta em Junior Alonso, mas a decisão também foi revista e transformada em cartão amarelo.
Na coletiva após o jogo, Victor Bagy lamentou o que chamou de “repetição de erros” e defendeu mudanças estruturais na arbitragem brasileira.
Lamentável mais uma vez a gente vir aqui falar de arbitragem, é chover no molhado. A cada rodada temos algum clube reclamando e entendo o que aconteceu hoje aqui foi preocupante, para não dizer lamentável. Não estou aqui para culpar árbitro, mas para falar no sentido de uma profissionalização e no sentido de melhoras. É uma demanda, uma necessidade que a gente observa há muito tempo. E ano após ano, em toda rodada, a pauta é arbitragem. Acho que isso acaba manchando um pouco o produto futebol, acaba interferindo em resultados e hoje, em uma disputa de 11 contra 11, poderíamos ter conquistado um resultado diferente.
O diretor também destacou a falta de critério nas decisões e o impacto que isso causa no produto futebol: “É o momento para falar sobre profissionalização (arbitragem). Os critérios são muito duvidosos. Em jogos que observamos sanções, penalidades, expulsões como foi o caso do Vitor Hugo, mas em outros jogos que eu não preciso falar, recentemente tivemos situações parecidas, inclusive hoje em outros jogos da rodada. Não conseguimos entender o critério. Quando se usa o termo interpretação você abre margem para qualquer decisão. O contato que serve para expulsar o Vitor Hugo não serve para validar o pênalti no Rony”.
Victor revelou ter consultado especialistas em arbitragem, que também consideraram a atuação confusa e o uso do VAR exagerado.
“E antes de vir aqui, eu procuro me informar. Tenho contatos com especialistas de arbitragem e todos foram enfáticos que a arbitragem foi confusa, que a intervenção do VAR foi evasiva e excessiva. Acho que precisamos questionar, é um árbitro que já apitou 7 partidas nossas na competição e é o terceiro jogo nosso que ele apita em menos de um mês. Em outras oportunidades tivemos reclamações”, afirmou.
Por fim, o dirigente reforçou que o clube não busca favorecimento, mas isonomia e igualdade de critérios.
Não estou aqui para pedir favorecimento, que o Atlético seja beneficiado, mas para falar de isonomia, lisura e igualdade de critérios, que hoje não observamos. Se puxarmos, o Atlético teve um único pênalti a favor, lá na sexta rodada. Depois disso, nada mais.
Com o empate, o Atlético chegou a 37 pontos e se distanciou ainda mais da zona de rebaixamento, ocupando a 13ª colocação do Campeonato Brasileiro. O Internacional, com 36 pontos, é o 15º. O Galo volta a campo na próxima quarta-feira (05), quando enfrenta o Bahia, às 20h, na Arena MRV.