Victor comenta sobre arbitragem: “Na minha visão, existe um excesso de rigor para o nosso caso”

Compartilhe

A derrota do Atlético na noite da última segunda-feira (17), ainda irá repercutir muito durante a semana. E o motivo não é nenhum destaque tático, técnico, coletivo ou individual do time de Gabriel Milito, mas, sim, a arbitragem.

Na goleada sofrida pela equipe mineira para o Palmeiras, o atacante Hulk acabou sendo expulso aos 31 minutos do primeiro tempo, após receber dois cartões amarelos em cerca de 3 segundos. De acordo com a sinalização feita pelo árbitro do jogo, Rodrigo José Pereira de Lima (FIFA-PE), o capitão atleticano teria proferido alguma ofensa. Entretanto, nas câmeras da transmissão do jogo, não foi possível ver algo claro sendo falado pelo jogador.

Quando caminhava para o vestiário, após ser expulso, Hulk falou para a câmera:

Eu só peço, faz a leitura labial e pede para ele escrever na súmula o porquê do segundo amarelo. Eu botei a mão para atrás e perguntei porque ele me deu amarelo. Agora pode pegar câmera, áudio, tudo! Está demais! Está impossível!

Após a partida, o Diretor de Futebol do Atlético, Victor Bagy, participou da coletiva de imprensa do técnico Gabriel Milito e foi o responsável por responder as perguntas sobre a arbitragem: “É lamentável que o protagonismo venha de uma forma negativa. A toda rodada a gente senta para conversar sobre arbitragem, quando o protagonismo deveria ser dos jogadores. Em uma das partidas de mais visibilidade da rodada, você teve uma arbitragem tão contestada e confusa. E estamos falando de um árbitro FIFA! Eu só queria entender quais são os critérios para ser um árbitro FIFA no Brasil”, afirmou.

E continuou:

É um critério técnico, político ou outro tipo de critério. Certamente hoje não vimos um critério técnico. Um árbitro para apitar um jogo desse tamanho, de tamanha importância, ele tem que ter mais traquejo. Não pode expulsar um jogador só porquê se dirigiu a ele. (…) Esse é o mesmo árbitro que teve um problema com o Hulk há menos de um ano, contra o América. Será se isso, a expulsão do Hulk, não teve algo de ordem pessoal? Dá para levantar o questionamento. Até agora, vi a imagem várias vezes e não consegui perceber (nada).

Questionado sobre o que o Atlético irá fazer agora, o dirigente respondeu:

Vamos formalizar a nossa insatisfação, exigindo explicações de tudo o que aconteceu hoje. Provavelmente pedir para vetar, já que a reincidência é preocupante. Mas tudo isso que fazemos é de maneira protocolar. Vão tirar o árbitro de duas ou três rodadas, vão dar um gancho, apitar série B e série C e daqui duas rodadas estará de volta. Enquanto não alinharmos o discurso ou caminharmos para a profissionalização da arbitragem, vamos ver isso cada vez mais.

Victor também foi perguntado se o Atlético pensa em tirar a braçadeira de capitão de Hulk:

Na minha visão, existe um excesso de rigor para o nosso caso e talvez falte o mesmo rigor em outros casos. Mas o Hulk é capitão pela sua liderança, pelo o que ele representa, pela sua personalidade, pelo tamanho para o futebol. Sendo capitão ou não, ele é visado pela sua competitividade, ele quer ganhar. A partir do momento que o capitão do time, seja o Hulk ou qualquer outro atleta, não puder ter essa linha de comunicação com árbitro, dessa forma respeitosa que foi, talvez o problema não seja do Atlético.

Compartilhe