Victor fala em “cansaço mental” e falta de resultados, para justificar saída de Milito

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O Atlético decidiu, na noite desta quarta-feira (04), encerrar em comum acordo o vínculo com o técnico Gabriel Milito. A decisão veio após a derrota para o Vasco, por 2 x 0, no Campeonato Brasileiro. O resultado ampliou a sequência negativa do time, que chega agora a 12 partidas sem saber o que é vencer.

Em coletiva após o anúncio, Victor Bagy, diretor de futebol do clube, detalhou os motivos que levaram à saída do treinador, projetou o futuro do Galo, além de pontuar que a decisão foi fruto de uma conversa franca entre as partes, que culminou no entendimento de que o trabalho não poderia avançar.

Depois de uma conversa longa no vestiário, percebemos o cansaço mental do Milito e os esforços que ele fez nos últimos jogos. Não tivemos uma resposta efetiva em termos de resultados. Isso nos levou a um consenso, tanto da parte dele quanto da parte do clube, de que não continuaríamos o trabalho. É com muita dor no coração, porque Milito é um treinador muito envolvido, organizado e de excelente caráter. Mas, no futebol, quando as coisas não caminham, às vezes é necessário mudar de rota.

Bagy também enfatizou o impacto emocional da saída para todas as partes envolvidas: “É um dia difícil. Já vivi isso como atleta, e agora como gestor também é muito doloroso. Nossa ideia era avaliar o trabalho ao final da temporada, mas após o jogo de hoje ficou claro que o esgotamento do Milito e a falta de resultados não permitiriam mais seguir”.

O auxiliar Lucas Gonçalves comandará o time na última partida do ano, contra o Athletico-PR, no domingo (08), enquanto o clube acelera o planejamento para 2024.

Temos uma comissão técnica permanente com grandes profissionais, como o preparador físico Cristiano Nunes e o próprio Lucas Gonçalves, que assumirá a equipe. Temos o nosso departamento de análise para levantar possibilidades para o comando técnico do próximo ano. Buscamos um treinador com o perfil ideal para o futebol que pretendemos implementar.

Victor comentou sobre a especulação envolvendo o nome do português Luís Castro, ex-Botafogo, mas evitou cravar qualquer decisão: “É um grande treinador, fez um trabalho excelente no Botafogo, mas ainda estamos avaliando. Precisamos de alguém que possa extrair o máximo dos atletas que temos e daqueles que virão para a próxima temporada”.

O dirigente fez questão de ressaltar as qualidades do técnico argentino e seu impacto no clube, mesmo em uma temporada marcada por altos e baixos:

Milito é muito intenso e proporcionalmente se esgota muito mentalmente quando as coisas não caminham bem. Ele chegou até aqui com dedicação e uma visão clara de futebol. Levou o Atlético a duas finais inéditas e conquistou o Campeonato Mineiro. Mas entendemos, junto com ele, que o ciclo precisava ser encerrado.

O Atlético encerra a temporada no domingo (08), às 16h00, contra o Athletico-PR, em Belo Horizonte. A busca por um novo treinador e o planejamento para 2024 já estão em andamento.

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