Victor x Fábio – Quem leva a melhor em clássicos?

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Eles são ídolos em seus respectivos clubes, levantaram taças e têm o nome gravado na história do futebol mineiro. Os veteranos Victor (37 anos) e Fábio (39 anos) entraram em campo centenas de vezes por Galo e Cruzeiro, respectivamente, e ambos têm histórias para contar das dezenas de clássicos do currículo. Na disputa de quem possui números melhores nesse confronto, o Deus Me Dibre traz um raio-x da dupla no duelo Atlético e Cruzeiro, desde a estreia de cada um dos goleiros.

É preciso dividir a história em duas etapas para comparar o aproveitamento e média de gols sofridos por cada um dos arqueiros. Fábio estreou pelo Cruzeiro no ano 2000 e disputou o primeiro clássico em 2005, enquanto Victor foi contratado pelo Atlético em 2012.

Nas 64 partidas contra o Galo, Fábio tem o aproveitamento de 50,52%. Victor leva a melhor nesse quesito por leve vantagem, com aproveitamento de 52,94% nos 34 jogos contra o rival. Considerando o período entre 2012, ano em que Victor disputou o primeiro clássico, e a vitória alvinegra pelo estadual de 2020, o goleiro atleticano dispara, pois o aproveitamento do adversário despenca para 37,96%.

No quesito paredão, as redes de Victor balançaram menos. São 37 gols sofridos em 34 jogos disputados pelo dono da camisa 1 do Galo, média de 1,09 por clássico, enquanto o arqueiro rival sofreu 82 gols em 64 partidas e tem média de 1,28, desde 2005, e 1,36, desde 2012. Com 7 gols sofridos, a temporada de 2015 foi a que o goleiro alvinegro mais foi vazado, enquanto o pior pesadelo de Fábio aconteceu em 2007, ano em que buscou 10 bolas no fundo das redes. Duas na mesma ocasião, após os gols de Marcinho e Vanderlei na final do estadual. O calcanhar de Igor Rabello abrindo o placar no encontro pelo Mineiro 2020 foi o 900º sofrido por Fábio no Cruzeiro.

Desde 2012, os clubes se encontraram valendo taça em seis oportunidades. Victor ficou com o caneco nos estaduais de 2013, 2017 e na Copa do Brasil 2014; Fábio levou os títulos dos Mineiros de 2014, 2018 e 2019. Pela semifinal do Mineiro 2015, mesmo jogando por dois empates, o Cruzeiro viu o Galo comemorar a classificação e confirmar o título na fase seguinte.

Mesmo que Fábio não tenha um longo histórico de convocações para a Seleção Brasileira, os dois já se encontraram vestindo a amarelinha. Fábio foi convocado e ficou como quarta opção de Mano Menezes contra Holanda e Romênia. Do banco, viu Victor ser o titular contra os romenos e ficou de fora dos jogos da Copa América, perdendo a vaga para o atual arqueiro do Galo. Curiosamente, Fred e Thiago Neves, rebaixados com o Cruzeiro em 2019 também estavam na lista da convocação para os amistosos.

Rebaixamento que pode impedir um reencontro da dupla vestindo as camisas de Atlético e Cruzeiro. O contrato de ambos acaba em dezembro de 2020 e, caso não haja renovação dos vínculos ou outro jogo pelo estadual, os goleiros não dariam continuidade nessa disputa de dois grandes atletas no grande clássico mineiro, já que apenas Victor disputará a primeira divisão da competição nacional. Campeão da Libertadores, atualmente Victor disputa a titularidade com Rafael, companheiro de time do goleiro Fábio por muitas temporadas.

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