VIRAMOS CONTRA A CHAPE, VAMOS VIRAR CONTRA O CRUZEIRO

Compartilhe

FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

Um gol no primeiro minuto e virada no apagar das luzes! Não bastasse jogar fora de casa utilizando o time reserva com dois atletas estreando e a missão de sair do jejum de três partidas sem vencer, o Atlético quis aumentar ainda mais a dose de emoção no duelo contra a Chapecoense, neste domingo. Alguém precisa avisar ao Galo que não somos viciados em adrenalina, não é necessário acelerar os batimentos cardíacos três vezes por semana só para manter o hábito. Pior que temos a sensação de que vem mais emoção por aí.

O roteiro poderia ser mais tranquilo se Ricardo Oliveira convertesse um pênalti aos vinte e seis minutos do segundo tempo. Apesar do alívio pela vitória, o pastor carrega a cruz de não balançar as redes desde a primeira rodada do Brasileiro, em abril. A crítica da torcida não é só pela escassez de gols, mas pelas atuações apagadas em toda a temporada, deixando Santana com a certeza de que, apesar da inexperiência de Alerrandro, o técnico fez a escolha certa para a equipe principal.

Guga também sonha em voltar para o time titular, mas deixa Chapecó com pontos a menos nessa briga contra Patric. Pouco contribuiu nas jogadas ofensivas em um jogo de ataque contra defesa, já que os comandados de Ney Franco pouco agrediram o gol de Cleiton. O jovem goleiro teve azar no gol dos catarinenses quando Everaldo cabeceou no contrapé em um cochilo da zaga. Uma desatenção semelhante a essa, na quarta-feira, azeda o caldo e transforma a virada alvinegra em uma continuação do filme Missão Impossível.

Se Iago Maidana e Leo Silva falharam no gol da Chape, Maidana se recuperou no decorrer da partida, apesar de alguns sustos em recuadas de bola para Cleiton. Maidana mostrou que pode ser a primeira opção na defesa na ausência dos zagueiros titulares. Roubar a vaga de Réver ou Igor Rabello? Não é difícil, Iago, o que dificulta é a pouca utilização do jogador, que não entrava em campo desde a primeira rodada, contra o Avaí. É uma das grandes moedas de negociação do clube, não pode ficar tão parado na temporada.

Dos calouros, Martínez foi superior ao “veterano” Jair, que pouca contribuir na transição da defesa para o ataque, problema apresentado por todas as duplas de volantes escaladas até o momento. Assim como Guga na direita, Hernández esteve acanhado na primeira apresentação com o manto alvinegro. Com a necessidade da virada, Otero ficou em campo mais do que o planejado por ser o único que tentava incomodar o goleiro Tiepo. O gol de Maidana surgiu após rebote do arqueiro em cobrança de falta do venezuelano. Dos onze titulares neste domingo, é o nome mais forte para ganhar a vaga de Luan ou Chará no clássico. Apesar do golaço, Vina mostrou que é limitado e que continuamos sem o homem de criação para jogar no centro do campo, seja no time principal ou na equipe reserva.

Valeu pelos três pontos que nos deixa na parte de cima da tabela e o fim do jejum de vitórias. A Chape ficou para trás, a partir de agora, na Cidade do Galo, só se fala na decisão da Copa do Brasil. Aliás, para falar a verdade, assistimos esse jogo com a cabeça no clássico.

Compartilhe