VITÓRIA MADE IN CIDADE DO GALO

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FOTO: BRUNO CANTINI/ATLÉTICO

O duelo entre Atlético e Goiás marcou o reencontro da Massa com o Mineirão. Lutando para ficar longe da zona da degola na tabela da competição, o atleticano fez o verso “vencer, vencer, vencer” se tornar obsessão no gigante da Pampulha. Mais uma derrota, aumentaria a crise entre torcida e dirigentes, diminuiria a confiança do time para o clássico e deixaria o Galo próximo da zona de rebaixamento.

A primeira surpresa veio na escalação, além de Zé Welison herdar a vaga deixada por Nathan, que dificilmente volta a jogar nesta temporada, Mancini bancou os retornos de Elias e Cazares ao meio-campo. Além de Cazares, Otero havia cumprido suspensão contra o Fortaleza, no Ceará, mas dificilmente perderia a vaga entre os onze escolhidos pelo treinador. Havia a expectativa, confirmada por Vagner Mancini na coletiva, de Marquinhos e Bruninho começarem entre os titulares.

Com blitz intensa nos primeiros minutos de jogo, o Atlético criou oportunidades para abrir um placar elástico na primeira etapa. Tadeu, goleiro do Goiás, colecionou defesas difíceis, enquanto Cleiton foi mero espectador, graças a um sistema defensivo mais atento, principalmente nos contra-ataques do adversário. Apesar da grande atuação, faltava o gol para dar tranquilidade aos atletas e à torcida, que não parava de cantar. Quando as duas equipes foram para o vestiário, Marquinhos ficou no gramado do Mineirão fazendo trabalho de aquecimento. O meia, prata da casa, entrou no lugar de Elias, forçando Luan a se preocupar mais com a marcação no segundo tempo.

Assim como na partida contra o Fortaleza, Marquinhos mostrou personalidade desde os primeiros toques na bola e preocupação em contribuir com a defesa nas investidas do Goiás. A recompensa veio aos oito minutos, quando Marquinhos recebeu passe de Cazares e chutou de fora da área, balançando as redes da muralha Tadeu. Na comemoração, a emoção do jovem, que completou vinte anos de idade em outubro, contagiou os companheiros de time e a arquibancada, aumentando ainda mais o barulho com a Massa cantando o hino.

O gol de Marquinhos inspirou Vagner Mancini a dar chance para outra prata da casa e Cazares deixou o gramado para a entrada de Bruninho. Ao optar por Cazares, Otero, Di Santo, Lucas Hernández e David Terans, o treinador não pôde contar com Ramón Martínez entre os reservas, pois o regulamento permite apenas cinco estrangeiros relacionados por jogo. Sem volante no banco para fechar a casinha, Luan seguiu como fiel escudeiro de Zé Welison até o apito final. Pressionado por atuações ruins na temporada, Zé colecionou prêmios de melhor em campo nas transmissões de rádios e TV’s por anular o meio-campo do Goiás.

O time de Ney Franco chegou a incomodar a meta de Cleiton nos minutos finais, exigindo uma grande defesa nos acréscimos após boa finalização do meia Kaio. Minutos depois, o próprio Cleiton lançou Di Santo, que dividiu com a defesa esmeraldina, mas viu Bruninho surgir como um raio, levar a bola até a grande área, balançar as redes alvinegras do Mineirão e fechar com chave de outo a noite estrelada pelos garotos da base. Acostumado a passar por cima do rival nas categorias de base, inclusive no duelo pelo estadual de 2019, Marquinhos ganha pontos com Vagner Mancini para figurar entre os titulares no clássico do final de semana.

Com 39 pontos na tabela, o Galo respira na briga contra o rebaixamento e ganha confiança para o confronto contra o Cruzeiro. Apesar da extensa lista de pendurados com dois amarelos, ninguém da equipe alvinegra recebeu cartão contra o Goiás e Vagner Mancini terá apenas os desfalques dos atletas que seguem no Departamento Médico.

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