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Cruzeiro

Uma briga contra as dívidas: 104 é o número mágico

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O número do título dessa coluna é o que pode definir muita coisa. Desde a mudança de patamar da história do Cruzeiro até todos os problemas que, hoje, assombram o clube. E o porque desse número é simples de entender a partir de uma conta básica: se for campeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro embolsará R$61,9 milhões de reais no acumulado. A maior premiação já paga na história da competição. E conseguir o tão sonhado caneco do tri da Libertadores, só em premiações, o time irá arrecadar mais de R$42 milhões de reais. Arredondando tudo – e observando a cotação atual do dólar, claro – só em prêmios, as duas competições chegam na casa da centena de milhão. R$104 milhões pra ser um pouco mais preciso.

E esse é o tão sonhado cenário que todos almejam, muito além do dinheiro, óbvio. Ser hexacampeão da Copa do Brasil é uma realidade possível, um caminho mais curto (apenas quatro jogos, sem desmerecer ou entrar na questão técnica dos adversários) com uma renda alta de bilheteria em dois jogos e que consagraria o Cruzeiro como o maior campeão isolado da competição, garantindo a presença da equipe na Libertadores de 2019 e agregando também maior valor à marca, que por consequência pode almejar por patrocínios melhores.

O tri da Libertadores, apesar de ser um caminho mais problemático até em questões técnicas, poderia elevar o patamar do clube em um nível acima. Além da premiação, é certo que o time campeão da Libertadores de 2018 terá a melhor chance nos últimos anos de quebrar a sequência de títulos europeus no Mundial de Clubes da FIFA – desde 2012 um Europeu não perde a final.

É bom tratar essa menina com muito carinho! (Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

O montante financeiro também significaria o alivio e o fim de uma pressão. O maior motivo de cisão entre as diretorias passadas e atual foi a questão financeira, que gerou até discordância sobre o balanço publicado referente ao ano anterior (você pode ler minha análise do balanço clicando aqui). A dívida do Cruzeiro na FIFA segue sendo pauta (um problema que precisa de ser saneado) e, vez ou outra, rumores indicam que a situação do clube não se desenha a melhor possível, com uma das folhas salariais das maiores do Brasil. Vale ressaltar que a prática da venda de atletas para equilibrar o cofre não vem sendo adotada – o que não deixa de ser um ponto positivo pra atual diretoria, mas que deve ser motivo de alerta para o fluxo de caixa.

Ser campeão das competições de mata-mata que disputa, além de estabelecer o Cruzeiro em seu lugar de multicampeão entre os maiores do mundo, ia significar uma paz administrativa e financeira para que o clube possa trabalhar em seu funcionamento pleno, sem dívidas e sem preocupações com a saúde do clube.

É #PeloHexa e #RumoAoTri!