
FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
Estádio Rei Pelé, Cruzeiro versus CRB, jogo válido pelas primeiras fases de mata-mata da Copa do Brasil, esse é um cenário que não é novidade. Em 2006, a Raposa saiu de Belo Horizonte para buscar a classificação para as oitavas-de-final da Copa do Brasil contra o time de alagoano. Na época, bastava uma vitória por dois gols de diferença fora de casa para se classificar – o jogo valia pela segunda fase da competição.
Em 2006, o Cruzeiro do goleiro Fábio, ainda contestado e longe de ser o ídolo de hoje, venceu o CRB com gols de Francismar e Diego Silva. Num jogo pegado e de muita dificuldade, a classificação veio apenas nos minutos finais. Francismar (jovem revelação do América, na época) fez o gol aos 11 minutos de jogo e o que parecia ser um jogo fácil, se tornou difícil, com o CRB obrigando o goleiro Fábio a fazer defesas difíceis. A classificação direta só veio aos 41 do segundo tempo, quando Wagner cruzou e o atacante Diego (ex-Ipatinga) cabeceou para o fundo das redes.
Se dois gols era o necessário para classificar o Cruzeiro em 2006, agora, em 2020, a diferença é o mínimo que a Raposa precisa para levar a disputa pros pênaltis. Isso porque o CRB conseguiu sua primeira vitória da história do confronto contra o time celeste no Mineirão: 2 a 0, com dois gols do atual artilheiro da competição (e também da série B!) Léo Gamalho. O jogo da próxima quarta-feira é válido pela terceira fase da Copa do Brasil. Ao todo, Cruzeiro e CRB se enfrentaram sete vezes. São quatro vitórias do Cruzeiro, dois empates e uma derrota.
A última e única vez que o Cruzeiro perdeu no estádio Rei Pelé foi há mais de 40 anos, precisamente em 25 de novembro de 1979, quando o CSA venceu por 2 a 1, confronto válido pelo Brasileirão daquele ano. Foram 14 jogos, entre oficiais e amistosos, disputados no estádio da capital de Alagoas, com 11 vitórias do Cruzeiro, 2 empates e a única derrota citada anteriormente.
Feito inédito pela frente?
Apesar de ser o recordista da competição com seis títulos, o Cruzeiro terá que fazer história para se classificar diante do CRB. Isso porque, a Raposa nunca conseguiu reverter uma derrota de dois gols de diferença sofrido no jogo de ida. Apenas quatro vezes, em todo seu histórico na competição, esse cenário se repetiu: em 1991, quando o Corinthians venceu por 3 a 1 o jogo de ida (na volta o Corinthians voltou a vencer por 1 a 0) em 2005, quando a o Cruzeiro perdeu a primeira partida contra o Paulista, por 3 a 1 (o jogo de volta ficou 3 a 2 para a Raposa), na final de 2014, contra o Atlético, a primeira partida ficou 2 a 0 (o jogo de volta ficou 1 a 0 para o rival) e contra o Grêmio, em 2016, quando o tricolor gaúcho venceu por 2 a 0 (o jogo de volta ficou 0 a 0).
O jogo será um dos mais difíceis da Raposa na atual temporada de retomada e reconstrução, tanto pela fase atual do CRB, que além da vantagem, tem feito boas partidas sob o comando do técnico Marcelo Cabo e do inspirado Léo Gamalho, quanto pelos problemas que terá o técnico Enderson Moreira: desfalques por conta de regulamento e lesões vão obrigar o técnico a escalar um time bem diferente do que vinha atuando. Você confere tudo sobre o time do Cruzeiro que deverá ir a campo clicando aqui.