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19 anos depois, Felipão retorna ao Cruzeiro em missão quase impossível

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FOTO: REPRODUÇÃO

Quase duas décadas depois, Felipão retorna com a missão de tirar o Cruzeiro da maior crise de sua história. A informação da sua contratação foi anunciada pela rádio Itatiaia. 19º colocado da série B e sem perspectivas de melhora no curto prazo, provavelmente ao lado de seus auxiliares Paulo Turra e Carlos Pracidelli, o técnico terá de lidar com um grupo inchado, jogadores contestados pela sua capacidade técnica, uma punição que proíbe o clube de contratar novos atletas – até mesmo de registrar os que já foram contratados e aguardam regularização – e uma diretoria diariamente questionada pela forma como vem conduzindo o futebol. Felipão, que fechou contrato até 2022, terá que exercer um papel maior que o de um bom técnico para mudar os ares da Toca da Raposa II.

Após sucessivas recusas de outros técnicos, como Lisca, atualmente no América, Umberto Louzer, técnico da Chapecoense e Marcelo Chamusca, atualmente no líder da série B, Cuiabá, Felipão – que já havia recusado uma primeira proposta do clube – aceita comandar o time em uma possível retomada.

Campeão da Sul-Minas em 2001, numa noite histórica para a torcida cruzeirense. 75 jogos, 40 vitórias, 23 empates e 12 derrotas. Aproveitamento em pontos de 63,56%. Se tem um motivo para a torcida cruzeirense se apegar ao nome de Luiz Felipe Scolari como novo técnico, esse motivo é o passado de glórias em um caminho que ambos se encontram.

Felipão chegou ao Cruzeiro logo após o título da Copa do Brasil de 2000, assumindo o lugar do técnico campeão Marco Aurélio. O gaúcho de Passo Fundo chegou e conquistou a torcida celeste. Seu sucesso foi tão grande, que com menos de 2 anos de clube foi chamado para comandar aquela que seria a Seleção Brasileira pentacampeã mundial, em 2002.

Após o empate em 0 a 0 com o Oeste, que estagnou o Cruzeiro na vice-lanterna da série B, o zagueiro e capitão Manoel desabafou ainda na beira do campo:

“Mais uma vez, a gente jogou mal. Não jogamos bem nem o primeiro tempo nem o segundo. Com todo respeito ao Oeste, mas a gente está no Cruzeiro. A gente não pode deixar os caras tocando no meio-campo e ninguém chega, ninguém marca. Não sei o que fazer mais, não sei o que falar, não sei o que motivar mais meus companheiros para poder brigar do começo ao fim, não sei. Vamos trabalhar pra sair dessa situação”.

Felipão está há pouco mais de um ano sem comandar nenhuma equipe. Seu último trabalho foi a frente do Palmeiras, onde conquistou o título do Campeonato Brasileiro de 2018, ficando até o início de setembro de 2019. Foi sua terceira passagem pelo Palestra de São Paulo e com números expressivos: foram 76 jogos, com 46 vitórias, 21 empates e apenas 9 derrotas.