5 de dezembro de 1984, Cruzeiro 4, rival 0.
Lembro-me que no domingo seguinte o Atlético ganhou de 1 a 0, e não permitiu que o Cruzeiro comemorasse o título, alegando que o regulamento falava que dois resultados iguais é que faria o campeão, e sendo assim, o Cruzeiro teria que ganhar de 4 a 0 de novo, e como eles ganharam de 1 a 0 teria que ter um terceiro jogo, pode?
Proibiram que o Cruzeiro usasse o carro do Corpo de Bombeiros, prática comum naquela época após a conquista de títulos, o que fez com que o Cruzeiro usasse um caminhão comum, e o título ficou na Justiça Desportiva muitos anos.
Esse foi sem dúvidas para mim o mais marcante clássico que vivenciei por tudo que representava para aquele jovem rapaz, cruzeirense por herança do Pai que amava e respeitava o Cruzeiro e que tem o nome de um grande jogador do Cruzeiro, falecido ano passado, Emerson.
Que as novas gerações saibam que o Cruzeiro não saltou dos anos 70, com o Tostão, Dirceu, Piazza e Cia, para os anos 90 e 2000. Passou pelos anos 80, com Bendelack, Tobi, Mundinho, Luís Antônio, Dedé de Dora e que isso forjou essa torcida que foi nomeada de China Azul por um grande atleticano: Roberto Drummond.
Viva o Cruzeiro! Viva a Paz!
Texto de: Emerson Aristides Martins dos Santos