A BASE SALVA

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Foto: Gledston Tavares/FramePhoto/Gazeta Press

Foi no sufoco, sofrido, dramático, chame como quiser. Os três pontos conquistados em cima do Vasco não vieram de forma tranquila. O Cruzeiro puxou galões para superar o cruz-maltino que vem em ascensão no campeonato após a chegada de Vanderlei Luxemburgo. Parte desses pontos precisam ser compartilhados com ele: Fábio. Não existem mais palavras que expressam o tamanho desse gigante debaixo das nossas balizas. Ao defender a cobrança de pênalti de Yago Pikachu, chegou a sua 28ª cobrança defendida. Assim como no jogo contra o Ceará que vencemos com placar mínimo, novamente o goleiro nos salvou. Essa defesa possibilitou que na base da força e superação chegássemos ao 1×0 com gol de Maurício. Garoto da base, apenas 18 anos. Há quanto tempo isso não acontecia, né? Tem que dar chance e acreditar, a base será a salvação das finanças do clube que cada vez mais é sufocado por uma gestão incompetente e com indícios de corrupção. Voa, garoto.

Depois de começar o jogo pressionando o Vasco e levar perigo com Thiago Neves nos segundos iniciais e aos 11′, de cabeça, o adversário começou a equilibrar. Luxa posicionou seu time num 4-1-4-1 com três volantes de bom porte físico, mantendo Thiago Neves e Pedro Rocha vigiados de perto, o que minava nossas opções de passe e tabela por dentro. Subiam a marcação e dificultavam nossa saída de bola. Sem um atacante de referência e pontas (extremamente importantes no esquema do Rogério) apagados, não conseguíamos controlar o jogo. David e Marquinhos Gabriel não foram bem ofensivamente. Além de não gerarem perigo na primeira etapa, pouco participavam com gestos desequilibrantes como uma arrancada ou drible. O primeiro tempo terminou com o Vasco tendo mais finalizações (6×5).

Logo no início do segundo tempo, brilhou a estrela do goleiro Fábio. Aos 7′, Egídio falhou na cobertura, Yago Pikachu aproveitou e invadiu a área, sendo derrubado por Fabrício Bruno. Um balde de água fria no Mineirão. Na cobrança, o melhor goleiro do Brasil acertou o canto e espalmou. A defesa trouxe um novo ânimo ao time celeste, que partia pra cima na base da transpiração, mesmo que os jogadores de frente falhassem quase sempre na tomada de decisão ou no passe. Fred e Maurício entraram nas vagas de Pedro Rocha e Thiago Neves, respectivamente, para trazer novo fôlego. Aos 40′, David – depois de tanto errar – foi pra cima da marcação e errou (de novo!) o passe, a bola voltou pra ele que serviu Maurício, o garoto ajeitou o corpo e fuzilou de canhota, indefensável pro Fernando Miguel.

A vitória, além de fundamental, veio com a oportunidade de ver um garoto oriundo da nossa base, depois de tanto tempo, ser importante e não apenas composição de banco. Maurício entrou, aproveitou sua chance e nos garantiu os três pontos. Além dele, vale destacar o crescimento de Thiago Neves com Rogério Ceni. Participativo, intenso, sendo o principal gerador de perigo da equipe. Com o resultado, chegamos a 18 pontos nos mantendo na 16° posição com 2 a menos que o Vasco (15°) e 4 a mais que a Chapecoense (17°). Agora é encarar o Internacional em busca de uma remontada na quarta-feira para, quem sabe, chegar à final da Copa do Brasil pela terceira vez consecutiva. O prêmio de 20 milhões (no mínimo) será fundamental para equilibrar as contas. Com Ceni, 7 pontos em 9 disputados. Seguimos na luta.

#MeDibre

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