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Cruzeiro

A FARRA SEM FIM DA GRATUIDADE

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Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Na noite deste domingo (1), o Cruzeiro venceu o Vasco por 1 a 0, longe, muito longe de ser o futebol ideal da Raposa, mas conseguindo o importante, a vitória para se distanciar da zona temida do rebaixamento. E os números mostram que, de bom, só a vitória mesmo.

Compareceram ontem ao Mineirão 26.052 pessoas, o público pagante foi de 18.853, uma renda de R$281.902,00. Isso representa uma gratuidade de 7.199 ingressos. Quase ⅓ de cruzeirenses entraram de graça, na faixa, “de grátis”. Será que esses são cruzeirenses mesmo?

O globoesporte.com publica ao longo do ano o andamento de público/presença/médias de ingressos (clique aqui pra acompanhar) no ano de 2019. O Cruzeiro tem um ticket médio de R$27,00. Na partida contra o cruzmaltino, por esses números, tivemos uma média de R$194.373,00 de puro prejuízo. Valor que deixa de entrar para os cofres da instituição.

A “farra dos ingressos” não é novidade, já tendo sido denunciada até por outros conselheiros e associados aqui no DMD. A própria sindicância do clube apontou: no ano de 2018, mais de 119.599 mil ingressos foram distribuídos de forma “gratuita” para “torcedores” da Raposa. Prejuízo de mais de 13 milhões de reais. Como que a instituição vai sobreviver a esses gestores que prometem austeridade e promovem a libertinagem?

A tendência é que o número de cortesias distribuídas só aumente, de forma proporcional ao desespero da diretoria – que precisa de comprar todo apoio interno possível, uma vez que a torcida já entendeu e não preza em nada pelos que hoje comandam o clube.

Entradas gratuitas nos últimos 4 jogos como mandante (Mineirão):

– Vasco – 7.199

– Santos – 6.629

– Inter – não divulgado relação entre presentes/pagantes

– River – não divulgado relação entre presentes/pagantes

Esse tipo de corrupção gera ainda mais prejuízos ao clube. Como convencer o torcedor a continuar pagando o programa de sócio do clube? Como conseguir novas adesões? Lembrando que não é só a farra dos ingressos que faz o camarada pensar 1000 vezes sobre continuar ou não pagando seu sócio, tem também todas as denuncias que foram apontadas e os desmandos e aparelhamento comprovado, que busca favorecer os “amigos do rei”. É muita sujeira para passar por cima.

Ao “torcedor” que recebe mimos, ingressos e se vende por tão pouco, lembre-se: você está colaborando para a degradação de uma dos maiores clubes do Brasil. O sua atitude está sujando o nome de uma instituição multicampeã, que era conhecida por suas conquistas gigantes e hoje é lembrada por ter sido tomada por dirigentes e conselheiros incompetentes, corruptos, que não estão nem aí para o futuro do Cruzeiro Esporte Clube.

Até quando?