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Cruzeiro

A IMPORTÂNCIA DE ROBINHO EM 2018

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Robinho é um jogador diferenciado em campo pela sua técnica apurada, visão de jogo invejável e uma capacidade de colocar a bola onde bem entendesse. Contudo, sempre foi um jogador perseguido por lesões. Em 2016, vivia um grande momento no Palmeiras. Havia disputado 21 jogos, marcado 2 gols e distribuído 8 assistências. Chegou no Cruzeiro mantendo o alto nível e marcou 7 gols e deu 11 assistências em 30 jogos, tornando-se peça fundamental e ajudando a escapar do rebaixamento. Já em 2017, a situação foi diferente. Constantemente parado por lesões musculares, Robinho atuou apenas em 35 oportunidades, marcando 8 gols (o mais importante, sem dúvidas, contra o Palmeiras no Allianz, pelas quartas da Copa do Brasil) e 2 assistências. Foram 18 partidas no Brasileiro e 8 na Copa do Brasil. Algo precisava ser feito para que o jogador voltasse a ter assiduidade nos gramados. Isso aconteceu em 2018.

Com a reformulação do departamento médico e o próprio jogador admitindo que a parte física, principalmente durante a pausa para Copa, foi fundamental para sua recuperação, atuou em 58 oportunidades, número nunca antes atingido por ele. Seu melhor ano em minutagem foi 2015 (51 partidas). Não só isso, os números demonstram sua importância no contexto ofensivo do time. Vamos conferir:

O melhor Robinho que já vi. Foto: Vinnicius Silva/ Cruzeiro E.C.

Copa do Brasil

No torneio nacional conquistado pela segunda vez consecutiva pelo Maior de Minas, Robinho foi peça fundamental na construção ofensiva do Cruzeiro. Literalmente todas às jogadas de perigo passaram pelos seus pés em algum momento. Foi o principal assistente do time com 3 passes para gol em 8 partidas. Além disso, no quesito 4º passe (o que inicia uma construção de gol, dois passes anteriores a assistência), distribuiu 6, liderando o fundamento. Também foi o principal assistente para finalizações da equipe, com 15. Marcou um gol no torneio, justamente no segundo jogo da finalíssima, abrindo caminho para a conquista. Marcante.

Campeonato Brasileiro

É sabido que o Brasileirão foi colocado em segundo plano pelo Cruzeiro, já que às Copas foram prioridade. Contudo, Robinho também teve boa participação na competição sendo, novamente, responsável pelas principais situações de gol do time. Como na maioria dos jogos utilizamos uma equipe mista, essa assiduidade não se converteu diretamente em gols. Ainda assim, foi responsável por 48 assistências para finalização e 25 3ºs passes (o anterior a assistência). No quesito cruzamentos, teve o melhor aproveitamento com 26,4% de efetividade (42✅). Distribuiu 3 passes diretos para gol – segundo do time no campeonato – e marcou 1 vez em 28 jogos disputados.

Copa Libertadores

O torneio mais cobiçado pela diretoria, time e torcida infelizmente ficou pelo caminho nas quartas de final, contra o Boca Jrs. Não preciso relembrar os acontecimentos daqueles fatídicos jogos, o foco aqui é falar sobre o Robinho. Novamente ele foi uma peça fundamental na criação da equipe. Marcou 1 gol e deu 1 assistência em 8 partidas, mas constantemente deixou os companheiros em condições de finalizar. Foi o principal assistente para finalizações, com 20.

Conclusão

Nos principais torneios disputados em 2018, Robinho teve papel decisivo na criação de jogadas para gol ou finalização. Foi o principal garçom da equipe ao lado de Arrascaeta com 10 assistências e marcou, ao todo, 4 gols. Não foi artilheiro como em outras temporadas, mas fundamental com sua principal característica: o passe. Na final do Mineiro, saiu dos seus pés a assistência decisiva para o gol de Thiago Neves. Mesmo não sendo um campeonato tão importante, sua participação foi efetiva. Robinho é uma espécie de termômetro. Se ele vai bem, o Cruzeiro cria muito e, em situações extremas, pode até jogar como segundo volante, situação que quase sempre gera perigo ao adversário. Livre das lesões, demonstrou toda sua capacidade técnica e foi um dos grandes personagens nessa temporada. Que venha muito mais em 2019, seguimos juntos!

Saudações celestes!
#MeDibre

 

Foto de capa: Bruno Haddad/Cruzeiro