
Novamente derrotados, desta vez em casa pro São Paulo. Infelizmente o torcedor está ficando anestesiado e aceitando tudo o que acontece com naturalidade. Eu particularmente já estou na fase da aceitação. Após a partida fenomenal que Lucas Romero fez atuando como volante, confesso que criei expectativas para finalmente ver meritocracia na gestão do elenco celeste. Fui trouxa. O volante destruidor Henrique, com seus espetaculares 10 desarmes em 9 jogos continuou de titular e o volante velocista Ariel Cabral, deu o ar da graça entre os 11 iniciais mais uma vez.

Yuri Edmundo/Lightpress
Hoje é dia 29 de julho do ano de 2018. Os 2 últimos anos ainda não foram o suficiente para convencer Mano Menezes de que Henrique e Cabral NÃO FUNCIONAM JOGANDO JUNTOS. Meio campo sem pegada, sem dinâmica, sem velocidade e sem força para atacar e defender. A minha torcida fica para que até o fim do seu mega valorizado contrato ele aceite esta realidade e poupe o torcedor do constrangimento de ver a dupla em campo pra carregar o piano. Sei que está repetitivo, mas TODOS os problemas em campo do Cruzeiro passam pelo treinador. A origem de todo o mal atende por Luiz Antônio Venker Menezes, o Mago.
Contra times da 1ª divisão, o Cruzeiro na ”era Mano Menezes” saiu perdendo 54 vezes em 130 jogos, ou seja, saber virar jogos é essencial para brigar por algo e isto não acontece. A Raposa Baguda virou apenas 10 jogos sob o comando do treinador. Contra times da 1ª divisão, o Cruzeiro na ”era Mano Menezes” venceu MENOS DA METADE DOS JOGOS, apenas 58 em 130. Títulos de pontos corridos já se tornam impossíveis com um aproveitamento destes.
O Cruzeiro do técnico Mano Menezes não consegue conciliar competições simultâneas. O Flamengo, Grêmio e Palmeiras são exemplos: estão nas fases finais da LA assim como o Cruzeiro, porém estão acima do time celeste na tabela do Brasileirão. Por que eles conseguem e o time celeste não?
Não há meritocracia na montagem do time titular, não são os melhores que jogam, Romero ser reserva do Henrique é uma prova disto. Mancuello jamais é escalado na posição de origem, Robinho é constantemente sacrificado na ponta direita, e ficaríamos aumentando esta lista até amanhã.
O time é fraco nas bolas aéreas, não tem jogadas ensaiadas, não tem variações táticas, o ataque é uma piada: 13 gols em 16 jogos do Brasileirão 2018. Some o que custa por mês nosso setor ofensivo, com os salários de Fred, Barcos, Sassá, Sóbis, Raniel, Rafinha, David e etc. Um ataque deste nível e custo, deveria entregar mais ou está dentro das expectativas?
Não há critério na montagem do elenco, apesar de um plantel envelhecido, o time campeão sub-20 foi sumariamente dispensado pelo treinador que sequer testou qualquer um daqueles jogadores, e é seguro dizer que VÁRIOS seriam uteis e com bom custo-benefício. E a lista pode aumentar.
O lateral Lucas Soares, que foi campeão brasileiro sub-20 como titular estava em negociação para renovar seu contrato. Para renovar pediu o mesmo que foi oferecido ao Vitinho: R$ 800 mil de luvas e um salário de R$ 80 mil/mês. Teve seu pedido negado e ofertaram exatamente 50% disto. A negociação seguiu e ele cedeu, toparia fechar por 2/3 do que foi oferecido ao Vitinho. A resposta foi que seria por 50% ou poderia seguir sua vida em outro clube. Provavelmente perderemos um lateral muito promissor e tudo isso passou pelo aval do treinador. Isto é INFORMAÇÃO, e não opinião. Enquanto isso, seguimos com Ezequiel como reserva imediato do Edílson.
E as perguntas que ficam são: o treinador rende o que se espera de alguém com o seu nome e custo? Suas decisões vão prejudicar o Cruzeiro no curto/médio/longo prazo? O time que vemos em campo reflete a grandeza do Cruzeiro? Aquele trecho da música da torcida que diz ”o mundo inteiro teme La Bestia Negra” se aplica HOJE ao time treinado por Mano Menezes?
Reflitam.
Mano Menezes explica os motivos para o revezamento que acontece no time do Cruzeiro
#VamoQueVamo
Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.