Acordo do Cruzeiro com PGFN tem parcelas atrasadas e valor supera os R$5 milhões

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FOTO: BRUNO HADDAD / FLICKR / CRUZEIRO E.C.

Um dos pontos de maior preocupação do Cruzeiro e da equipe de transição de Ronaldo no momento atualmente é a dívida tributária do clube. Informações trazidas inicialmente pelo portal ge.com mostram que o clube já está em atraso com parcelas desse acordo e, com isso, o risco de perder a negociação realizada no ano passado.

O Cruzeiro deve atualmente mais de R$5 milhões, referente a quatro parcelas de R$1.139.213,07, quatro parcelas de R$172.901,64 e três parcelas de R$21.069,58, chegando a um valor total de R$5.311.667,54 em atraso.

A dívida tributária foi um acordo realizado pelo Cruzeiro em outubro de 2020 junto à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Após perder os benefícios do PROFUT, foi este o acordo que garantiu ao clube certa estabilidade e evitava problemas como bloqueios de contas e execuções judiciais desta natureza. Na ocasião, a dívida que chegava a um valor  próximo aos R$400 milhões e foi reduzida, com descontos, a R$178 milhões e parcelada em 60 meses.

Outro ponto que preocupa em relação a esse acordo, é o risco de perder um dos principais patrimônios do clube, a Toca da Raposa I, isso porque o centro de treinamentos foi um dos colocados como garantia no cumprimento do acordo, junto ao clube do Barro Preto e 20% das receitas destinadas ao exercício do futebol do Cruzeiro.

Ronaldo quer assumir dívida tributária e Tocas de garantia

Em vias de definir sua aquisição, Ronaldo apresentou duas pautas ao presidente do Cruzeiro e aos membros da Mesa Diretora do Conselho Deliberativo. Uma delas, adiantada pela nossa reportagem: Ronaldo quer que os dois centros de treinamento do clube (Toca da Raposa I e II) passem a ser patrimônios da SAF, como condicionamento para o pagamento da dívida tributária, que se encontra negociada com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.

Ronaldo foi taxativo ao explicar a necessidade de garantir a integridade dos dois CTs, sem correr o risco de que haja alguma execução por falta de pagamento da associação. A ideia é que tanto a Toca I, quanto a Toca II, sejam controladas pela gestão de Ronaldo, para que investimentos e melhorias sejam feitas, sem o risco de perder os CTs.

“É a melhor solução para o clube e o futuro do clube. Nosso acordo nunca teve contemplada a dívida tributária do Cruzeiro, que são mais ou menos 200 milhões de reais. Essa dívida já foi negociada (com a PGFN) e isso é uma dívida tributária da associação, não viria para a SAF. O não pagamento desta dívida coloca em risco o patrimônio do Cruzeiro, que com essas pendências, se amanhã a associação não consegue cumprir com esse pagamento, acaba perdendo a Toca I e II, que são os locais de treinamento do clube. Se a gente não tem o CT, onde a gente vai colocar nossos jogadores? Esse processo demoraria muito mais, até construir um novo CT, é mais uma despesa, enfim. Essa nossa proposta para assumir essa dívida com essa pequena garantia que são as duas Tocas para a SAF, de modo que a gente garante que não teríamos esse risco de penhora e de perder as duas Tocas, que é nosso local de trabalho. A gente se responsabiliza pela dívida tributária, honra o pagamento e garante a propriedade.”

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