Ainda com desfalques por conta da covid-19, Cruzeiro vai tentar adiar clássico feminino

Compartilhe

FOTO: NATÁLIA ANDRADE / DMD

A coordenadora do Cruzeiro, Bárbara Fonseca, adiantou que vai pedir o adiamento do clássico de sábado, que está marcado para acontecer na Toca I, devido ao alto número de desfalques que a equipe tem devido ao surto recente de covid-19 causado pelo novo coronavírus. Atualmente, a Raposa tem nove atletas que testaram positivo para o vírus e estão cumprindo isolamento social, enquanto o Atlético também testou uma de suas atletas positivas.

 “Vamos tentar, nós vamos repetir os testes em todas as atletas porque a medicina prova que existem falsos positivos, mas vamos tentar um acordo, se não acontecer, vamos com o mesmo grupo (13 atletas, que atuaram contra o Ipatinga) para a próxima partida”. 

De acordo com o regulamento da competição, caso a equipe tenha apenas 7 atletas disponíveis – ou seja, menos de um time titular completa – a partida ainda pode ser realizada. Entretanto, clubes podem entrar em acordo entre si e com a Federação para o adiamento. 

Primeiro jogo é marcado por polêmica sobre anulação

A primeira rodada do Campeonato Mineiro ainda nem acabou e já ficou marcada não pelo futebol, mas principalmente pela ausência de várias atletas devido a contaminação pelo novo coronavírus. Ao todo, 14 atletas (nove do Cruzeiro e cinco do Ipatinga)  não puderam participar da partida que terminou empatada em 1 a 1. 

Durante o jogo, a goleira Mary Camilo, titular do Cruzeiro, precisou ficar no banco para atuar como centroavante caso alguma atleta sofresse alguma lesão e zagueira Jajá atuou os dois tempos da partida sem ter condições de jogo, já que aguarda uma cirurgia. Pelo lado do Ipatinga, atletas titulares, como a atacante Tábata, não puderam atuar.

Bárbara Fonseca criticou a postura do Ipatinga que não aceitou o acordo para o adiamento: 

“Apesar de a gente se cuidar, o vírus está aí, o mundo inteiro está pegando. Eu quero salientar a falta de fair play da equipe do Ipatinga. Eu torço para que não aconteçam mais casos na equipe do Ipatinga, mas estamos todas sujeitas a isso. O principal aqui deveria ser a saúde de todos antes de qualquer resultado. Mas ficamos na torcida para que o número de casos não aumente nas equipes que disputam o campeonato.”

Já Kethleen Azevedo, treinadora e coordenadora do Ipatinga, salientou que a decisão não foi do Ipatinga, que apenas seguiu o regulamento: 

“Não foi uma escolha, a diretoria escolheu cumprir o regulamento. Porque o que garante que se, por exemplo, na próxima rodada acontecer com o nosso time, o América vai aceitar adiar? A gente decidiu cumprir o regulamento, isso uma hora também vai pegar pro nosso lado, mas não podemos adiar o campeonato indefinidamente. Nós também tivemos perdas importantes. Não fomos nós que resolvemos não adiar, a Federação jogou pra gente uma responsabilidade que não é nossa, não somos nós que temos que decidir se vai ter jogo ou não. A federação fez o regulamento, ela é quem tem que fazer com que seja respeitado.”

Compartilhe