
FOTO: VINNICIUS SILVA/CRUZEIRO E.C./FLICKR OFICIAL
O Cruzeiro voltou a decepcionar no Brasileiro. Ao empatar com o Botafogo dentro de casa, chegou a sete jogos sem vitória no campeonato, uma posição acima da zona de rebaixamento, podendo retornar em caso de vitórias do Fluminense e Chapecoense que jogam contra Ceará e Atlético-MG, respectivamente. Alguém avisou pros jogadores que estamos brigando contra o Z4? Parece que não.
O Botafogo é um time que gosta de ter a bola e utilizou esse artifício para se defender no primeiro tempo. Sem a bola, marcava em bloco baixo e fechava bem o funil, zona onde Thiago Neves e Pedro Rocha (novamente como nove) circulavam sem espaço pra criar. Com a ausência de Robinho (poupado) e a entrada de Jadson pela direita, perdíamos aquele último passe que quebra a marcação. Com a saída de Ariel Cabral aos 35′ do 1T, Fred entrou na referência e Pedro Rocha passou pra direita. O volume ofensivo aumentou, com o garoto Weverton tendo um parceiro para apoiar. Terminamos com 6 finalizações e algumas boas situações de gol.
No segundo tempo, o garoto Maurício estreou na vaga do Thiago Neves, que sentiu algum incômodo e foi poupado. Rondávamos bastante o último terço do Botafogo tocando a bola, mas não conseguíamos penetrar. Os excessivos erros de passe e cruzamentos (20 tentados, nenhum certo) comprometiam nosso volume ofensivo. O Botafogo se fechava e buscava sair em velocidade com Pimpão e Érik. Aos 18′, Mano fez a alteração que terminou de sepultar o ataque do Cruzeiro: Saiu Pedro Rocha, entrou Sassá. Era nítido que a atuação do David era pífia e ele merecia ser substituído, mas provavelmente a questão física pesou. Com essa mexida, Sassá atuou pelo lado esquerdo, David foi pra direita e Maurício permaneceu por dentro com Fred na referência. Não conseguimos prender bola no ataque nem criar chances claras de gol. O Botafogo terminou a etapa final com mais finalizações (5×1).

David matou nossos ataques. Mesmo sendo reserva e tendo a chance de entrar e impressionar, o atacante pouco produziu. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
O Cruzeiro do Brasileiro é um time desfocado, descompromissado e com problemas de variação tática. Mas, além disso, os jogadores parecem não querer fazer algo diferente. Reservas como Sassá e David entram e pouco produzem, será que ficam satisfeitos com seus desempenhos? Mano tentou inovar (finalmente) promovendo as entradas de Weverton e Maurício, mas enquanto tiver medalhão jogando nessa má vontade, fica difícil.
O pior dessa campanha pífia no Brasileiro com uma folha de pagamento que só perde pra Flamengo e Palmeiras é, mais uma vez, colocar todas às fichas numa conquista de mata-mata pra estar na Libertadores do ano que vem. Não dá pra achar isso normal. Os 45 pontos nunca pareceram tão distantes. Acorda, Cruzeiro.
#MeDibre