Alta rotatividade: Rodrigo Pastana foi o quarto diretor da gestão Sérgio Santos Rodrigues

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FOTO: BRUNO HADDAD / CRUZEIRO E.C.

A saída de Rodrigo Pastana, na última segunda-feira, engrossa a lista de diretores de futebol que passaram pelo clube durante a gestão do presidente Sérgio Santos Rodrigues. O executivo foi o quarto nome em pouco mais de um ano e meio da atual administração. O técnico Vanderlei Luxemburgo confirmou através do canal oficial da Raposa pelo Youtube que um substituto não será contratado no momento.

A estadia de Pastana no Cruzeiro teve duração de quatro meses. Sua demissão ocorreu na segunda-feira, após críticas severas do principal patrocinador do clube, Pedro Lourenço. Também na segunda, o empresário se reuniu com o técnico do clube para discutir o planejamento de 2022. A escolha por Pastana foi feita em junho deste ano, após André Mazzuco aceitar o convite do Santos e deixar a Raposa. A decisão foi alvo de duras críticas da torcida pelo currículo recheado de polêmicas do diretor. O executivo foi responsável pela contratação de Mozart Santos, que comandou o Cruzeiro em 13 rodadas, obtendo apenas 33,3% de aproveitamento. Contratou sete jogadores, dos quais apenas Wellingtom Nem conseguiu a titularidade. 

Sérgio Santos Rodrigues assumiu a cadeira presidencial em junho de 2020, quando Ricardo Drubscky já estava na direção de futebol por escolha do Conselho Gestor, que administrou o clube nos primeiros cinco meses do ano passado. Deivid foi anunciado como diretor técnico e se tornou braço direito do presidente. Seu nome nunca foi bem visto pela torcida, principalmente pela falta de experiência, pois nunca havia exercido um cargo parecido e o momento não pedia apostas. Em novembro, Drubscky anunciou sua saída após se sentir escanteado pelo clube.

Apesar de não ter liderado o departamento de futebol durante toda sua passagem, Deivid sempre esteve envolvido nas negociações envolvendo chegada de novos jogadores à Toca. Sua saída, em junho, ocorreu após o vazamento de uma conversa com o empresário André Cury. Na ocasião, o ex-diretor pedia ajuda para contratação de jogadores e dizia estar “respirando por aparelhos” no cargo.

Ausência de resultados desportivos reflete na alta rotatividade de profissionais no futebol

Na última temporada, 23 jogadores foram contratados, mesmo com o clube enfrentando grave crise financeira, convivendo com constantes atrasos salariais e sofrendo punições desportivas na FIFA, desde a perda de seis pontos pelo não pagamento na aquisição do volante Denílson, em 2016, como o transferban, que voltou a ocorrer na atual temporada. O gasto com o futebol foi de R$ 250 milhões, conforme mostrou o balanço financeiro. Na Série B do ano passado, o clube terminou apenas na 11ª posição. Esse ano já foram feitas 20 contratações e o desempenho em campo também é insuficiente. Na 12ª posição da Série B com 35 pontos, a Raposa dificilmente conseguirá o acesso à Série A.

Com cinco profissionais passando pelo departamento de futebol e seis treinadores em pouco mais de um ano e meio, a aposta para 2022 é a manutenção de Vanderlei Luxemburgo e sua comissão técnica, que conta também com o diretor técnico Ricardo Rocha, ferrenho defensor da utilização das categorias de base do clube como forma de estancar principalmente a sangria financeira. Nome preferido de Pedro Lourenço, o executivo Alexandre Mattos é o favorito para assumir o cargo. No entanto, sua contratação não é simples, já que o diretor se mudou para os Estados Unidos, onde toca seus projetos pessoais.

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