Logo Deus Me Dibre
Cruzeiro

Após mais uma derrota e proximidade ao Z4, é preciso agir rápido

Compartilhe

FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.

O pesadelo parece não ter fim. O Cruzeiro entrou em campo nessa quarta-feira pela 7ª rodada da Série B e fez o que vem fazendo de melhor: perdeu. Dessa vez, para o limitado Brasil de Pelotas, que ainda não havia vencido na competição (3 derrotas e 2 empates em 5 jogos) e na temporada venceu apenas 5 das 30 partidas disputadas. O gol marcado por Gabriel Poveda foi uma ducha de água fria, porém merecida. Após fazer um primeiro tempo competitivo e até ligeiramente superior ao adversário, com Airton Moisés sendo mais uma vez um jogador capaz de desequilibrar ofensivamente pela direita, a equipe desapareceu no segundo tempo, foi pressionada e após sair atrás do placar não conseguiu reverter. Estamos uma posição acima do Z4, empatados com o Guarani no número de pontos (4).

Com um esquema de jogo engessado onde não existem variações táticas e as alterações feitas pelo treinador são sempre seis por meia dúzia, é totalmente previsível para o adversário neutralizar o Cruzeiro. Se no primeiro tempo os lançamentos de Léo buscando o pivô do Moreno que logo direcionava a bola para ultrapassagens de Raúl Cáceres e Aírton funcionaram propiciando boas chances de gol, no segundo bastou ao Brasil subir a marcação no experiente zagueiro, forçar que Cacá saísse jogando pelo lado esquerdo, isolando nosso melhor ponta (Aírton), que o nosso jogo morreu. Sem conseguir marcar o gol, a equipe de Enderson Moreira até finalizou mais (22 vezes, 5 certas) e teve mais posse de bola (58%), porém pecou pela ansiedade e nervosismo dos atletas, além da má fase de alguns veteranos que parecem nunca sair do time.

Enquanto houver cadeira cativa pra jogador no Cruzeiro não sairemos dessa situação. Tem que jogar quem está melhor. Cadê o papo de #NoDataNoTalk sendo colocado em prática? A única justificativa para seguir com Henrique e Léo é a “história” de ambos. Porém, somos um clube de futebol e não um museu. O ex-capitão não consegue trazer dinâmica ao meio-campo, sua marcação é frouxa e a lentidão atrapalha um jogo mais intenso e vertical. Já o zagueiro é o elo mais fraco no quesito saída de bola. Basta ao adversário isolar os volantes e pressioná-lo que seus chutões excluem qualquer possibilidade de um jogo baseado na posse e toques curtos. Por fim, Marcelo Moreno também não vem conseguindo marcar os gols que o time necessita. Entretanto, pouco municiado, fica difícil para qualquer centroavante. 

O papo dos 6 pontos da punição continua. Chega de desculpas, o momento é de cobrança. O problema atual na tabela são os 11 perdidos em campo, sendo 6 em casa com duas derrotas, 2 contra um Confiança que não teve nem 48 horas de descanso pós-final de Estadual e mais 3 hoje contra um adversário que não vencia há três meses. Já entramos no 2º terço do primeiro turno. Faltam 31 jogos e para subir será preciso de pelo menos 59 pontos dos 93 em disputa (63% de aproveitamento). Enderson teve dois meses de “pré-temporada” durante a paralisação. As vitórias maquiaram o mal desempenho (não aqui, pois avisamos) e a falta dos resultados apenas escancarou seu péssimo trabalho. Se cair, não será injustiça. Poderia ter tirado mais do elenco e não conseguiu.

Em sua coletiva, destacou que “não é vergonhoso para uma equipe fazer 10 de 21 pontos”. Um Pensamento medíocre. Será que existe alguém dentro do Cruzeiro que realmente conhece a história e o tamanho do clube? Porquê se um discurso desse encontrar eco na diretoria, é sinal que entregaram os pontos pra reconstruir um gigante. Onde estão Deivid e Drubscky, diretores do clube? O que ambos pensam sobre a forma que o treinador enxerga o maior clube de Minas Gerais? Estão satisfeitos com o desempenho pífio aliado a falta de resultados? Em relação ao presidente, vamos esperar. 

Reage, Cruzeiro.