FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR OFICIAL / CRUZEIRO E.C.
Em menos de 3 meses de bola rolando, após uma parada inesperada por conta da pandemia do novo coronavírus, o Cruzeiro atingiu, diante do Avaí, em confronto válido pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, a marca de 36 atletas utilizados após a volta do futebol. A última estreia se deu justamente no último confronto, com o retorno de Marquinhos Gabriel ao time – o meia entrou aos 8 minutos do segundo tempo na derrota da raposa de 1 a 0 para o Avaí, no Mineirão.
O retorno da bola rolando para o Cruzeiro foi no dia 26 de julho, ainda pelo Campeonato Mineiro, na vitória por 3 a 0 contra a URT. E desde então 15 partidas foram jogadas, sendo 3 do Campeonato Mineiro, 1 da Copa do Brasil e 11 do Campeonato Brasileiro da Série B. O goleiro Fábio, o meia Maurício e o atacante Thiago são os líderes em participação, com 14 jogos cada, embora o atacante só tenha sido titular em apenas uma dessas partidas.
Dos atletas que estiveram disponíveis aos treinadores, primeiro a Enderson Moreira, demitido em 8 de setembro e agora a Ney Franco, apenas o goleiro Lucas França, o zagueiro Paulo Eduardo e o volante Pedro Bicalho estiveram disponíveis no banco de reservas, mas não foram utilizados após essa retomada do futebol.
E não deve demorar muito para que o clube bata a marca dos 40 atletas utilizados. O Cruzeiro aguarda resultado de recurso enviado à FIFA para tirar uma punição considera irregular e poder registrar mais duas recentes contratações: o atacante Matheus Índio, que vem do Estoril (POR) e o meia Giovanni, que estava no Coritiba.

* Jogadores novos que ainda não podem ser utilizados por conta da punição da FIFA.
Variedade no ataque chama atenção
Apesar do número de atletas usados, o Cruzeiro ainda busca uma formação inicial ideal e um padrão de jogo que favoreça os atacantes, coisa que não vem acontecendo. Dos 11 gols marcados pelo time na Série B, apenas 3 foram de atacantes “de ofício”: dois marcados por Marcelo Moreno, sendo um de pênalti e um por Arthur Caíke, de falta. Talvez seja o motivo da alta rotatividade no ataque celeste, sendo a posição que mais teve jogadores utilizados nessa volta do futebol – no total, foram 9 atletas utilizados.
A tendência é de que esses números aumentem em breve. Os próximos jogadores que devem somar à estatística são os atacantes Sassá e Zé Eduardo. O primeiro foi dispensado do Coritiba e o segundo voltou de um empréstimo no América (RN). Ambos tiveram seus contratos com o Cruzeiro reativados e já tem seus nomes publicados no BID, podendo entrar em campo já na partida da próxima quarta-feira, contra a Ponte Preta. Caio Rosa é outro que pode ganhar oportunidades em breve, conforme informamos em primeira mão aqui no Deus me Dibre.
Muito da variedade de atletas utilizados no ataque se dá por conta desse baixo aproveitamento. Em sua última entrevista coletiva, Ney Franco foi enfático ao citar o que ele chamou de “incompetência ofensiva”:
“Mais uma vez foi um jogo em que a gente teve volume, mas criou muito pouco. A gente tentou entrar por diversas vezes na área do adversário. O centro estava congestionado, a gente conseguia girar. Nos cruzamentos, o adversário ganhou todas as bolas de cabeça. Foi um jogo de incompetência ofensiva. Quando falo isso, não falo só dos atacantes. É a equipe como um todo”