
FOTO: CRIS MATTOS / STAFF IMAGES
A atual temporada é de extrema importância no aspecto de reconstrução que o Cruzeiro vem atravessando desde o fatídico rebaixamento, em 2019. Após três temporadas disputando a Série B, onde em duas sequer passou perto do acesso, o clube viu sua chave virar após a transformação em SAF e aquisição por parte de Ronaldo Fenômeno, conquistando o título da Série B e, principalmente, jogando um futebol competitivo e intenso.
Com o retorno à Série A, subiu também a exigência e expectativa. Até o momento o clube confirmou a chegada de 15 novos jogadores, enquanto mais de vinte que compuseram o elenco do ano passado partiram. No entanto, o início conturbado de temporada com apenas uma vitória e três jogos de jejum (um empate e duas derrotas) marca o pior início da Raposa desde o ano de 2004, quando iniciou o Mineiro com duas derrotas seguidas, mas vencendo duas em sequência nos seus primeiros quatro jogos.
Os três gols marcados em quatro jogos, sendo dois de pênalti, também marcam o pior início do setor ofensivo do Cruzeiro desde 2016. Naquela oportunidade, a equipe comandada pelo técnico Deivid estreou na temporada empatando com o Criciúma em 1 a 1, depois empatando com a URT por 0 a 0, venceu a Tombense por 2 a 1 e Tupi por 1 a 0, totalizando quatro gols em quatro jogos. Contratado junto ao São Paulo, Nikão é o artilheiro da equipe até o momento com dois gols marcados e vem sendo o destaque solitário de um ataque que viu apenas Bruno Rodrigues marcar, de pênalti, na estreia do time.

Pior campanha do seu grupo
Com as vitórias de Ipatinga e Tombense, além do empate do Democrata-GV, o Cruzeiro passou a ter o pior aproveitamento do Grupo C do Estadual após quatro rodadas. A campanha de uma vitória, um empate e duas derrotas gera um aproveitamento de 33,33% e deixa o clube em 3º com quatro pontos em quatro jogos. No momento, o time estaria sendo eliminado na fase de grupos.
O Cruzeiro buscará sua reabilitação na segunda-feira, em clássico diante do Atlético-MG, o rival vive um momento distinto e lidera o Grupo A, com quatro vitórias em quatro jogos. O técnico Paulo Pezzolano já deixou claro na última coletiva que o clássico pode ser uma “virada de chave” para o time e aposta que o fator clássico abre a possibilidade de qualquer uma das equipes vencer.
“Como chegamos? Está difícil. Depois do jogo de hoje, está difícil dizer como chegamos. Não chegamos numa boa maneira. Vamos trabalhar para que no clássico se veja tudo ao contrário do que se viu hoje. E depois da possibilidade de ganhar, são 33%. São três resultados. A mesma possibilidade de ganhar que eles. Depende de nós, isso é o bom do futebol, depende de você. E se não ganharmos, vamos ser cobrados, porque temos uma torcida gigante, tem que assumir, se não não podemos estar no Cruzeiro.”
A vitória na segunda-feira, às 20h, no Independência, é fundamental para que o Cruzeiro mantenha viva a chance de classificação às semifinais do Mineiro e alivie um pouco da pressão que vem sofrendo após um início de temporada tão conturbado. Em 2004, quando teve um rendimento tão ruim, a equipe deu a volta por cima e acabou se sagrando campeão.