
Foto: Halef Silva/Facebook/Reprodução
Contratado pelo ex-presidente Gilvan de Pinho Tavares em janeiro de 2017, o atacante Halef, empresariado por Anderson Nassrala – conhecido por ter proximidade com o vice-presidente de futebol Itair Machado – teve o contrato renovado pela atual diretoria até janeiro de 2022. Detalhe: Seu antigo vínculo tinha vigência até janeiro de 2020. Curiosamente, seu contrato foi rescindido no último dia 31/07 e jogará no Berço SC, clube que disputa a terceira divisão de Portugal. Por que estenderam no ano passado o contrato de um jogador que nunca atuou pelos profissionais do clube para, no ano seguinte, liberarem sem nenhuma compensação? Lembrando que o jogador já possuía contrato longo. Não tiveram o mesmo zelo com os laterais Vitinho e Lucas Soares, por exemplo. O primeiro saiu por uma multa baixa (R$ 10 milhões) devido ao pouco tempo para negociar uma extensão e o segundo não entrou em acordo e também saiu de graça.
Um breve resumo da “passagem” do atleta pelo Cruzeiro:
Após surgir como uma possível revelação, o atacante do Vitória da Conquista (BA) chegou à Toca da Raposa com contrato de três anos. Foi emprestado ao Santa Cruz (PE) onde teve atuação abaixo da média, fazendo 9 gols em 38 jogos. Após o fim do seu empréstimo, o atacante retornou ao Cruzeiro onde novamente não seria utilizado e foi novamente repassado ao Ipatinga – junto com outros atletas, numa parceria com o clube do interior que abordamos nessa matéria (clique aqui).
Halef quase foi dispensado do Cruzeiro, conforme reportagem do “blog do torcedor”, onde disse que aprendeu muito no Ipatinga e amadureceu em relação aos problemas do passado (muitos dele, extracampo). A reportagem completa você confere clicando aqui.
A ideia era que o jogador atuasse pelo Marítimo, clube de Portugal, após a passagem pelo Ipatinga. Entretanto, o negócio acabou não sendo realizado e o jogador segue fora dos planos do técnico Mano Menezes, treinando em separado. Halef já tem 25 anos e a fase de ser visto como “revelação” ou “joia da base” passou. Mas o Cruzeiro seguiu pagando os compromissos do atleta após uma renovação contestável e agora simplesmente o libera sem custos.
Numa gestão que costuma pagar generosas comissões para agentes amigos do vice-presidente de futebol, Itair Machado (lembram da comissão de R$ 1,9 milhão para Carlinhos Sabiá pelo negócio que foi todo conduzido pela gestão anterior com o Palmeiras pelo lateral Mayke? Confira aqui) a pergunta que fica é: Quanto custou para os cofres do clube toda essa negociação? Será que um dia saberemos?
#MeDibre