FOTO: STAFF IMAGES / CRUZEIRO E.C.
O técnico Pepa falou após a vitória do Cruzeiro por 1 a 0 sobre o São Paulo, no Independência, que pôs fim ao jejum de sete jogos sem triunfo na temporada. O treinador reconheceu que a partida marcou um dos adversários mais difíceis que o Cruzeiro enfrentou nesse Brasileiro, mas destacou a capacidade de entrega do time, que “soube sofrer”, elogiando também a grande atuação do goleiro Rafael Cabral, presente com defesas importantes principalmente no primeiro tempo:
“Parabenizar nossos jogadores. Eles tiveram mais a bola, mas não correram mais que a gente. Tivemos muito espírito de sacrifício. Foi o jogo onde tivemos menos posse e arremates, mas já tivemos situações parecidas e empatamos ou perdemos. Depois do gol, a qualidade do São Paulo apareceu e criaram muitas dificuldades, agredindo muito nossa linha defensiva. Hoje procuraram muito a profundidade e não esperávamos isso. No segundo tempo ajustamos melhor e o Rafael fez um jogaço, ajudando muito o time. Quebramos aquele ciclo negativo. Melhoramos muito nas transições e o foco e determinação foram importantes para conseguir esse resultado.”
Questionado sobre a boa atuação do volante Matheus Jussa, o treinador explicou que o mesmo não atuou contra o Bahia por suspensão e diante por Fortaleza por questões contratuais, mas que possui características importantes e similares a Richard, que acabou afastado da equipe e era seu titular:
“Se nos lembramos das características do Richard, ele era capaz de se encaixar entre os zagueiros e o Jussa faz isso muito bem. Contra o Fortaleza não pôde jogar, contra o Bahia estava suspenso e com naturalidade jogou muito bem e ajudou a equipe. Na questão coletiva nos deu mais segurança e agressividade no meio. Quem não tem tantos minutos não é fácil, mas foi um campeão e aguentou muito bem.”
Confira outros trechos da coletiva:
Cruzeiro com menos posse de bola e finalização que o adversário:
“Mérito do São Paulo. Temos que ter um espírito de sacrifício, saber sofrer. Se em alguns jogos fomos superiores ao adversário e não ganhamos, e as vezes nas derrotas nem tudo mal e nem tudo é bom, mas hoje temos que dar méritos ao São Paulo e olhar o mais positivo que foram os três pontos. A capacidade que tivemos de manter a equipe junta, já que na primeira parte não conseguimos. O São Paulo foi a equipe que mais nos dificultou até agora e temos que dar o mérito.”
Razões para uma partida com um Cruzeiro mais recuado:
“Entramos muito bem e ainda bem que marcamos cedo, mas não conseguimos manter o que estávamos fazendo. A partir dai houve uma supremacia do São Paulo, mas como vínhamos de uma sequência de maus resultados, o nosso subconsciente as vezes nos obriga a recuar. Houve mérito do São Paulo e tivemos que nos agarrar com tudo. Na segunda parte estivemos mais compactos e organizados, diferente da primeira que corremos muito e mal, isso acaba desgastando ainda mais.”
Sobre Bruno Rodrigues e Wesley trocando de posição durante o jogo:
“Isso tem que acontecer mais vezes, criar situações diferentes para os laterais contrários e é algo que vai acontecer mais vezes.”
Com o triunfo, o Cruzeiro chega aos 17 pontos e sobe duas posições na tabela, ocupando momentaneamente o 10º lugar. A Raposa terá agora uma semana de trabalho até o próximo jogo diante do Internacional, às 21h, no Beira-Rio.