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A grave crise financeira está ganhando ares cada vez mais dramáticos no Cruzeiro. Entre as várias consequências de não ter dinheiro em caixa estão os bloqueios de contas, atrasos salariais, punições na FIFA e, mais recentemente, uma paralisação organizada pelos jogadores do time. Para sair dessa situação, a atual gestão aposta todas as suas fichas na transformação do futebol do clube em Sociedade Anônima do Futebol.
Um dos empresários que tem mantido conversas com a diretoria do Cruzeiro é Aquiles Diniz, ex-sócio do Banco Inter. Presente na reunião virtual que aconteceu na última sexta-feira (15), o empresário ainda se reunirá mais uma vez com o presidente Sérgio Santos Rodrigues, na próxima segunda-feira (18), junto a outros empresários.
Aquiles é um dos entusiastas do modelo de “clube-empresa” e defende que o Cruzeiro se transforme em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) de acordo com a legislação recentemente aprovada no país.
Procurado por nossa reportagem, Aquiles apontou que os problemas atuais são de ordem do presidente e que a SAF é um dos modelos pra “sair do buraco”, do contrário, o presidente terá que sempre ficar recorrendo a empresários que fazem aporte financeiro no clube, como Pedro Lourenço (Supermercados BH) ou Régis Campos (Emccamp).
“Quem é o comandante do Cruzeiro é o seu presidente, que assumiu sabendo do tamanho do problema. Parece que não conseguiu administrar adequadamente. Temos três opções para sair do buraco: A SAF e os empresários Pedro BH e Regis Campos. Do contrário o clube fecha sua área de futebol.”
Em junho deste ano, Aquiles já havia se pronunciado sobre a situação do Cruzeiro. O empresário chegou a dizer que iria propor uma coordenação para que a implementação da SAF ocorresse de forma mais célere e correta. Na época, Aquiles disse que a premissa do projeto era a criação de um fundo internacional para captar 500 milhões de reais (você pode conferir a matéria da época clicando aqui).