
FOTO: VINNICIUS SILVA / CRUZEIRO E.C. / FLICKR OFICIAL
Lutando contra o rebaixamento o Cruzeiro precisará de uma campanha de 7° colocado nas 16 rodadas restantes desse segundo turno. A esperança para que isso aconteça é cada vez menor devido a falta de pontaria, confiança e um déficit físico que acontece desde o início do Brasileiro onde ficou nítido como o time cai de rendimento no segundo tempo ao enfrentar adversários com maior qualidade técnica e também de preparo no mesmo quesito. Para piorar, os 19 pontos conquistados em 22 rodadas tornam essa campanha a pior da história do clube nos pontos corridos. Desde 2014, todos os times que terminaram a 22ª rodada na 17º posição foram rebaixados (2014 – Botafogo/22pts; 2015 – Goiás/25pts; 2016 – Internacional/24pts; 2017 – Avaí/25pts; 2018 – Sports/23pts). O drama é real, amigos.
Apesar desse primeiro parágrafo de puro pessimismo e terror, escrevi na última coluna que pelos jogos a seguir é possível – ainda – escapar (você pode acessar clicando aqui). Contudo, o desafio será grande também para o técnico Abel Braga que, no seu último trabalho pelo Fluminense em 2017, quando dirigiu o clube durante às 38 rodadas, alcançou um número de pontos que não seriam suficientes para salvar o Cruzeiro do descenso. Pensando na realidade de que 43 pontos é a pontuação de corte neste ano ou até 42, precisamos de algo entre 24 e 23 pontos para fugir da degola.
Em 2017, as 16 rodadas finais de Abel Braga sob o comando do Fluminense foram de oscilação. Sua equipe caiu de rendimento no returno e fez apenas 20 pontos. Conferindo as 16 rodadas finais (nosso objetivo) Abel alcançou apenas 17 pontos (4 vitórias, 5 empates e 7 derrotas) um aproveitamento de 35,4%, o que seria insuficiente para o momento atual do Cruzeiro, pois chegaríamos a 38ª rodada com 36 pontos, pontuação que nenhum clube até hoje conseguiu escapar e reserva um lugar entre a 18-20ª colocação na disputa com 20 equipes, estabelecida desde 2006.
Quando analisamos as 16 primeiras rodadas de Abel pelo Fluminense em 2017, percebemos que seu desempenho foi ligeiramente superior, mas ainda insuficiente para a atual situação do clube. Sua equipe somou 21 dos 48 pontos em disputa (5 vitórias, 6 empates e 5 derrotas) um aproveitamento de 43,7%, o que nos deixaria com 40 pontos. Apenas no Brasileiro de 2014 foi possível escapar com essa pontuação, ocasião que o Palmeiras terminou na 16º posição. Ou seja, desde 2006, em apenas uma situação (e com aproveitamento inicial, não final) o aproveitamento do Abel tomando como base seu último trabalho nos salvaria.
É claro que isso é apenas um levantamento de números e que na prática deve ser analisado de forma consultiva, pois o elenco é diferente, o momento – ainda que pior – é diferente e o próprio treinador pode se superar e, junto com os atletas, dar a volta por cima. Apenas trouxe como curiosidade do seu último trabalho com 38 rodadas. Inclusive, o nome mais indicado – olhando apenas números – pra essa situação seria o de Lisca Doido, pois no ano passado fez um trabalho de recuperação no Ceará somando 24 pontos nas 16 rodadas finais, o que nos daria os tão sonhados 43 pontos que nesse ano devem garantir a permanência. Outra vez, são apenas números que nem sempre traduzem a realidade e sabemos que a chegada do Abel também foi pela sua capacidade de unir e tranquilizar o ambiente, algo que talvez um técnico explosivo e intenso como o Lisca não conseguiria. Abel terá, junto com o Cruzeiro, um grande desafio. Que os Deuses do futebol nos abençoem e que a torcida abrace e apoie até o fim. Pelas Cinco Estrelas.
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