ATACANTE DA BASE A CAMINHO DE PORTUGAL

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FOTO: GUSTAVO ALEIXO/ CRUZEIRO

Revelado pelo Cruzeiro e há sete anos no clube tendo passado por todas às categorias, o atacante João Luiz (20 anos) não teve seu contrato renovado pelo Maior de Minas e acertou sua transferência para o Alverca, clube da terceira divisão de Portugal e gerido pela família do ex vice-presidente de futebol Bruno Vicintin. O contrato do jogador se encerrava em novembro e por não ter sido abordado para uma renovação não houve compensação financeira para o clube, que ficou apenas com 10% dos seus direitos econômicos. João Luiz se despede como atual artilheiro do Mineiro Sub-20 com quatros gols e papel importante no vice-campeonato da Copa do Brasil da categoria ao entrar em campo e marcar dois gols, além de ter convertido seu pênalti nas decisões alternadas.

João Luiz assinou contrato por três temporadas e já se apresentou ao seu novo clube.

Levado pela sua tia – que é cozinheira do clube – aos 13 anos, João Luiz participou de uma peneira e foi aprovado, tendo atuado em todas as divisões da categoria de base e conquistado alguns títulos importantes, como o Mineiro Sub-15, em 2014, marcando gol na final, Mineiro Sub-17 e Sub-20, além dos títulos do Campeonato Brasileiro Sub-20 e também da Supercopa do Brasil Sub-20 vencida nos pênaltis em cima do maior rival. Aos 16 anos, assinou seu primeiro contrato com validade até novembro deste ano, quando não foi sequer procurado para uma renovação pela diretoria.

Mesmo no mercado atrás de um jogador de velocidade com capacidade de drible e que dê profundidade pelos lados a pedido do técnico Rogério Ceni, não houve interesse em sequer dar uma oportunidade a um jovem extremamente identificado com o clube e que poderia suprir essa carência sem a necessidade de ir ao mercado buscar uma aposta (vamos combinar que aposta por aposta, melhor utilizar o que se tem em casa) já que a situação financeira não permite grandes investimentos. Além do mais, jogadores com maior potencial já completaram sete jogos na Série A e os que estão na Série B não serão liberados pelos clubes por estarem numa reta final de competição, como o caso do Claudinho, destaque do Bragantino e que as negociações não avançaram. Particularmente, lamento essa saída e que sirva de lição para que outros nomes sejam valorizados pelo clube nesse momento de instabilidade econômica. Não faz sentido passar sete anos formando um jogador para depois o mesmo sair sem receber nenhuma oportunidade. Ainda que não estejamos falando de um craque, mas acaba que na atual conjuntura o clube provavelmente estará trazendo uma peça de velocidade apenas um ano mais velha e que também é considerada uma aposta (Ezequiel). Enfim, fica a reflexão.

#MeDibre

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