FOTO: MOURÃO PANDA / FLICKR OFICIAL / AMÉRICA-MG
Livre no mercado desde o início desse mês quando encerrou o contrato com o América-MG, o atacante Felipe Augusto, de 28 anos, encaminhou um acordo verbal com o Cruzeiro para um vínculo até o fim da Série B de 2021. Jogador de confiança do técnico Felipe Conceição – também o levou para o América – será mais uma opção para um ataque que deixou a desejar na última temporada.
Histórico
Felipe é um jogador com bastante rodagem em ligas inferiores do Brasil e também teve uma passagem por Portugal, quando defendeu o Estoril Praia entre 2015/16. Revelado pelo Atlético-MG em 2011, atuou por Democrata-GV, Madureira, Linense, Tupi-MG, Estoril-PT, Vila Nova-MG, Volta Redonda, Paraná (duas passagens), Botafogo-SP, onde fez boa Série C marcando 9 gols em 21 jogos, Mirassol e se destacou realmente no Operário-PR, em 2019. Na Série B daquele ano, foram 34 partidas, todas como titular, 8 gols marcados e uma assistência. São 219 partidas como profissional e 34 gols marcados. Foi a partir de 2018 que o atacante conseguiu uma regularidade, entrando em campo 33 vezes e marcando 10 gols. Em 2019: 48 vezes e 8 gols e 2 assistências. Em 2020: 40 vezes com 4 gols e 3 assistências.
Características

Mapa de movimentação do atacante em 2020. Via Sofascore.
Felipe Augusto é um atacante de lado de campo, atuando preferencialmente em posição de amplitude pela esquerda. Incisivo, gosta de aplicar velocidade na condução de bola e tentar o drible. Não é um ponta com características de criação, optando pela conclusão das jogadas entrando na área em diagonal aproveitando um passe ou cruzamento. Os 24 passes para finalização ao longo de 2020 mostram isso. Não conseguiu apresentar no Coelho a mesma regularidade do ano anterior pelo Operário-PR, sendo quase sempre uma opção no banco para o técnico Lisca. Na Série B entrou em 23 oportunidades (apenas 9 como titular). Marcou 1 gol e deu 1 assistência. Teve um total de 65 finalizações com aproveitamento de 46% no alvo, acertou 73% dos passes e uma média de 12,1 bolas perdidas em 90 minutos (282 no total). Mesmo sendo normal que atacantes incisivos percam muito a bola, essa estatística é considerada elevada.
Conclusão
Felipe Augusto é mais uma opção que se encaixa dentro da realidade financeira do Cruzeiro e com experiência na Série B. Participou do acesso do América-MG sem ser uma peça imprescindível, tanto que o clube optou por não renovar seu contrato. Aos 28 anos, não possui margem de evolução e sua carreira é marcada por altos e baixos. Fez uma boa temporada em 2019 pelo Operário-PR, mas possui defeitos na finalização e no acabamento das jogadas no terço final. É uma peça pedida pelo técnico Felipe Conceição e pode agregar no aspecto tático ou entrando durante as partidas, mas é difícil imaginar que conseguirá fazer a diferença no Cruzeiro. Com um pouco mais de pesquisa no mercado seria possível achar nomes com mais perspectivas de crescimento.
Confira abaixo uma análise completa do jornalista e analista de desempenho Felipe Barros sobre o jogador.