Foto: Cruzeiro E.C./Flickr Oficial
Hoje não tem como defender. Mas pra ser justo, vale dizer que fizemos um primeiro tempo equilibrado, afinal não estávamos enfrentando qualquer time, era o Internacional no Beira Rio. Clube grande, jogo grande. Sabe o que esses jogos exigem? Concentração total. Novamente, o Cruzeiro não conseguiu fazer isso.
Já no primeiro minuto de jogo, Thiago Neves teve uma chance incrível de frente pro Lomba, na pequena área, e conseguiu chutar pra fora. Suas atuações seguem abaixo do que ele pode produzir. Lento, pouco intenso, errando passes, fisicamente abaixo. Thiago precisa render mais. Ele mesmo criticou a atuação da equipe e espero que faça um mea culpa. Os três gols sofridos pelo Cruzeiro foram de rebotes defensivos, evidenciando que é preciso ajustar o posicionamento. Edílson, pela direita, foi responsável por errar um passe displicente que gerou o segundo gol, além de ter sido expulso após agredir Nico López. Também precisa ser cobrado. Afinal de contas, veio pra BH passear ou levar a sério nossa camisa tão pesada? Pra sua sorte, Orejuela machucou.
Outro ponto negativo são os volantes. Não é exagero dizer que, atualmente, Henrique vem sendo o com melhor desempenho na função. D’Alessandro teve muita liberdade pra flutuar entre as linhas do Cruzeiro sem Lucas Romero conseguir marcá-lo com eficiência. No lado do Inter, Lindoso e Nonato anularam bem Thiago Neves.
Muita porrada e confusão, pouco futebol. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro
Já disse em outro texto (confira aqui) que o estilo do Mano Menezes não combina com os pontos corridos. O Cruzeiro é um time pragmático, que opta por se defender e não correr riscos. O problema é que estamos atravessando um momento onde não apenas o futebol está ruim, mas a execução do modelo de jogo também. Posso aceitar um time pragmático como o do Palmeiras que jogando em casa ou fora vai montar uma defesa sólida, subir na boa e ganhar de pouco, mas que funcione e seja eficiente. Felipão e Mano possuem conceitos similares. Contudo, enquanto os paulistas venceram 3 e empataram 1, sofrendo apenas 1 gol e marcando 8, o Cruzeiro venceu 2 e perdeu 2, fez 5 e levou 7. Isso não é ter controle e muito menos um modelo de jogo bem executado. É preciso rever.
O segundo tempo contra o Internacional foi muito semelhante à segunda etapa do jogo contra o Flamengo. Fomos dominados, lentos, sem transição e com dois laterais jogando muito abaixo do que podem. Dodô, além de apoiar pouco, cometeu um pênalti. Mostra que ainda não está jogando bola pra ser titular. Mano precisa ser cobrado, mas os medalhões também. Thiago Neves, Rodriguinho, Edílson… Enfim, o momento é de mobilização pois quarta-feira é guerra contra o Fluminense. O “especialista” em Copas precisará entrar em ação.
O Cruzeiro não vence fora de Belo Horizonte no Brasileiro há 15 jogos. A última vitória foi contra o Ceará, pela 9ª rodada do ano passado. Somos um time apático e previsível no Brasileiro. Minha preocupação é que essa apatia e falta de concentração reflita nas Copas. Quarta veremos toda capacidade de mobilização do Mano.
#MeDibre